LUA
Outra noite,
uma dessas quaisquer
que o tempo afeta,
eu olhava a lua.
Não com pose de poeta,
nem com pose de cientista.
Só olhava
aquela imagem quieta.
Ora, me parecia
um medalhão de prata,
ora, uma nave futurista.
E aquela luz falsa
que não vinha dela
me lembrou muita gente
que conheço.
Num de seus lados,
escura, fria e poeirenta.
E à distância,
um brilho anil, que ilude mais.
Muito mais do que aparenta.
(se quiser a música, é só pedir:
edson.paulucci@gmail.com)