Chamas

De toda parafernalha- um sol a brilhar,

Desse fogo em chamas -tiro um novo olhar,

Um novo azul cinzento a me cativar,

Um novo amarelo a me arrancar.

Tiro do sistema as penas-queimando no ar

E todos os domingos acordo acesa,

Para acreditar em certezas.

Em minhas certezas com gosto de café,

Cortando as cicatrizes no meu corpo nu,

São tantas diretrizes no meu dia blue,

São tantas meretrizes no cenário fun.

Faço campanhia,sem ter vergonha de picar papéis

Entre carrocéis, por entre anéis, por entre teias.

Corro pela cidade a soltar os ais,

Abro as feridas e jogo nos jornais.

Quando você vai cair na real, real,

Procurar um sinal, fazer da vida

Um quadro etc e tal -green live -normal.

Doces,avelãs,caviar e salmões,

Açucar e sal dentro dos seus tons.

Cruze os braços e o medo tomará de ti,

A rima da vida e aí, aí ?

Nem Pierrot nem Colombina fará carnaval,

Na quarta-feira de cinza nem tudo é normal.

Vamos virá a página dessa nossa sina,

Vamos rasgar a página da mão assassina.

Ecila Yleus
Enviado por Ecila Yleus em 17/07/2008
Reeditado em 12/01/2017
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