Como é bom!
Gente da minha cidade
Gente jovem da minha idade
Novas abelhas e margaridas
A resplandecer tanta graça
Vejo-te apaixonada, juventude
Vejo-te sonhar o pão do amanhã
E as aventuras do futuro
Sem perder o condão
Não diria mais informada
Mas vaidosa como uma violeta
A produzir tão solenemente
A semente de outrora
Não perca, amigos
A vontade de reconstruir o passado
Mas o passado continue olhando
Porque com a coleira ele lhes puxa
Enquanto vocês acreditam vigiá-lo
O presente, a humildade de viver
Aceitando o que vem
Não é ignorar o futuro
Pois o sonho é força motriz
Que te permite desviar
De todos os impedimentos do presente
Além de induzir-te
A nascer no homem
A vontade de fecundar a mulher
Esse anjo que sempre nos guia
Pegando na mão dos amigos
Dos amores, ou se deixando pegar
E levando contigo
E rindo, e dançando
E expondo, corando
E até encolerizando
Vamos assim nos envolvendo
Sem medo da felicidade.