CAPÍTULO I
O Portal
As sombras da casa, das árvores e animais anunciava a chegada do meio-dia. O sol intenso e imponente no céu fazia com que a imagem do sertão mantivesse um toque seco da natureza imposta por seu calor.
Maria sai da cozinha de sua casa, olha para o céu e contempla a imensidão azul sem fim, passa as costas do antebraço direito na testa tentando tirar o suor que escorria lentamente em direção de seus olhos, arruma seus cabelos negros fazendo um nó, passa as mãos em seu vestido florido e bem surrado, inspira fundo e expira suave para tentar manter o controle da temperatura de corpo.
Com uma voz doce chama por seus filhos:
- Carlos a comida está pronta? Venha logo para levar para seu pai?
- Estou indo mãe! – Responde Carlos prontamente.
- Nina venha para acompanhar seu irmão!
- Já vou mãe! – Diz Nina sem reclamar.
Maria entrega nas mãos de Carlos a comida colocada em um prato sobre outro e bem amarrado por um pano de prato para não ter como derramar ou desfazer sua arrumação para degustação de seu marido. Em seguida faz recomendações e orientações:
- Carlos você preste atenção! Seu pai está catando algodão perto da grande pedra branca, vá com sua irmã e tome muito cuidado!
Carlos e Nina saem andando rápido em direção à plantação onde seu pai está catando algodão, quando já se encontra fora do terreiro de sua casa Carlos emite um assobio rápido. Jupy que estava deitado debaixo de um pé de pinhão balança o rabo e vai correndo em direção de Nina e Carlos.
O caminho estreito e apesar da seca deixa Carlos e Nina maravilhado com o canto de alguns pássaros e com a corrida rápida do nhambu que corre fazendo ziguezague na capoeira tentando se esconder de algum caçador.
Após algum tempo caminhando Carlos e Nina avista a cume da grande pedra branca. Carlos olha para Nina e esta esboça um sorriso com se já estivesse combinado de fazer alguma coisa após a entrega da comida para o pai.
Carlos avista o pé de juá onde sempre entrega a comida para seu pai e vê que embaixo de sua sombra ninguém o espera. Carlos olha para Nina demostrando surpresa, Nina retorna o olhar com mais surpresa, mas os dois continuam andando em direção do pé de juá.
Quando já estão quase chegando são surpreendido com um grito assustador que os fazem olhar para trás. Com os olhos arregalados a com susto Nina e Carlos vê que é seu pai que mais uma vez está arriscando pregar um susto nos dois tentando os convencer de suas histórias que sempre conta quando está sós.
Após abraçar seus filhos Antônio pega sua comida, vai para debaixo do pé de juá para saciar sua fome e fica de longe os observando. Carlos pede a seu pai para dar uma voltinha pelos arredores com sua irmã.
Antônio faz recomendações e os deixa até terminar sua refeição. Carlos timidamente levanta seu polegar fazendo um sinal de positivo. Seu pai esboça um sorriso e começa a fazer sua refeição tranquilo.
Carlos pega a mão de Nina e corre por entre os pés de algodão, vão conversando assuntos pessoais e com um pensamento em comum, a grande pedra branca. Sem perceber por estarem do lado do sol chegam de repente ao pé da grande pedra branca. Carlos olha para cima e comenta:
- Nina será que tem jeito da gente chegar lá em cima!
- Sei não Carlos? – Responde Nina meia apreensiva.
- Vamos dar a volta em toda ela para ver como é? – Diz Carlos curioso.
- Vamos, mas não podemos demorar muito, pois papai já pode nos chamar! – Diz Nina atendendo as recomendações do pai e da sua mãe.
- Não se preocupe, vamos bem rápido, depois vamos embora! – Diz Carlos convencendo Nina.
Carlos e Nina começam a andar rápido fazendo a volta na grande pedra branca. Após um pequeno percurso Carlos e Nina observa uma fenda no meio da grande pedra onde nascem algumas plantas que apesar da grande seca estão verdes e sadias.
Carlos para e fica tentando entender aquelas plantas, Nina pega em sua mão e tenta puxar para continuarem andando. Carlos se nega a ir e vai em direção à fenda com plantas verdes. Nina o segue de perto demostrando medo em seu comportamento.
Cada vez que chegam mais perto parece que algo os atrai para mais perto. Nina começa a ficar mais apreensiva, mas Carlos parece não sentir medo. Quando chega tão perto que conseguem segurar nos galhos das plantas algo os fazem sentir uma brisa fria com se o inverno chegasse de mansinho.
Mesmo estranhando aquela mudança de clima Carlos e Nina se seguram nos galhos para ver melhor aquelas plantas. Sem saber o que podia acontecer Carlos segura um galho entre as folhas que parece diferente, repentinamente um portal começa a se abrir na grande pedra branca, o susto é muito grande. Carlos segura a mão de Nina prevendo alguma coisa assustadora. O portal leva a um grande túnel que parece assustador.
Carlos e Nina ficam parados olhando para o fundo do túnel aguardando alguma coisa acontecer. Um barulho começa a surgir no fundo do túnel que os deixam apavorados, tentam correr, mas suas pernas não respondem, paralisados ficam aguardando o desenrolar da ocasião.
Um bater de asas fica mais nítido, percebendo isto Carlos fica menos tenso achando que se trata de algum pássaro do sertão que estivera preso dentro de alguma caverna e agora liberto vai embora. Para sua surpresa uma grande asa branca vem em suas direções em um voo desesperado com se estivesse fugindo de algo feroz, isto preocupou Carlos que prontamente puxou Nina para perto de si na tentativa de protegê-la de algo desconhecido.
A grande asa branca passou voando por sobre suas cabeças e pousou em um pé de algodão. Carlos e Nina começaram a observar o grande pássaro e ficaram admirados com a grandeza e beleza daquela ave. Realmente nunca tinham visto uma ave tão grande ou ouvido falar de algo semelhante, a não ser nas histórias contadas por seu pai que sempre falava de aves e bichos que ninguém nunca tinha visto no sertão, mas tinham certeza que era pura invenção de seu pai para lhes causar medo.
Após algum tempo de contemplação da grande e bela ave ouve-se outro barulho vindo do fundo do túnel, agora apesar de se ouvir um bater de asas havia um voz e isto se tornava mais assustador.
Carlos abraçou Nina como se previsse algo acontecer, a voz vinha se aproximando e ficando mais audível, mais repetitiva, de repente surgiu um papagaio do fundo do túnel totalmente desesperado procurando a grande asa branca. O papagaio pousou em um pé de algodão e foi logo falando:
- Asa grande, cadê asa grande?
- Que asa grande, vimos uma asa branca, não vimos nenhuma asa grande! – Disse Carlos tentando responder.
- Asa grande, cadê asa grande? – Insistia o papagaio falador.
- Já disse que vimos uma asa branca e não uma asa grande? – Diz Carlos tentando novamente responder ao papagaio falador.
- Ela está ali no pé de algodão, você não está vendo, você é cego! – Diz Nina aparentemente irritada.
- Cadê asa grande, onde está asa grande? – Repetia o papagaio falador.
Um grito soou alto na plantação de algodão, era Antônio procurando Carlos e Nina.
Repentinamente tudo ficou em silencio, tudo parou por um instante, ouvisse um bater de asas intenso que toma rumo à caatinga que fica próximo ao plantio de algodão, em seguida outro bater de asa mais leve vai também em direção da caatinga.
Carlos e Nina se afasta do portal, este vai se fechado automaticamente com se fosse acionado por um toque de mágica, tudo volta a normal. Ao ouvi o chamado de seu pai Nina e Carlos corre em sua direção, ficam calados, pensativos e confusos.
Antônio observa o comportamento dos dois, mas acha que foi por causa de seu grito os chamando que os fez ficarem assustados.
Carlos e Nina pegam os pratos vazios amarrados no pano de prato e vão em direção de sua casa, durante o percurso parecem encantados, não se falam, a expressão de seus rostos é de quem viu algo que não queria vê ou estavam sonhando um sonho impossível.
Durante o caminho Carlos e Nina foram se perguntando e se questionando. Mas tudo parecia tão real, como poderia ser um sonho, aquela grande asa branca não parecia real, pois era muito maior do quê as que tinham na caatinga e aquele papagaio falador por que estava atrás da grande asa branca. Tudo estava confuso, aquele portal como surgiu de repente e aquele túnel onde vai dar, onde poderemos chegar entrando naquele túnel.
O que realmente tinha de segredo naquela grande pedra branca, porque muitos tinham receio de chegar perto dela, porque só meu pai cultivava algodão em sua volta, porque ela era tão branca que diferenciava das outras.
Quando chega ao terreiro de sua casa Carlos e Nina olham um para o outro e prometeram não falar nada do que aconteceu até saberem se o que viram era um pesadelo e algo real.
Carlos olhou para trás e percebeu que Jupy não os acompanhou nem presenciou suas visões na grande pedra branca, um assobio foi dado por Carlos e nada de Jupy aparecer, o assobio foi repetido várias vezes e nada do cão aparecer. Nina para conformar Carlos falou:
- Fica tranquilo Carlos! Provavelmente Jupy está com o papai, a noite ele vem!
- É mesmo, acho que ele ficou com o papai lá na plantação, tardezinha ele volta! – Diz Carlos se conformando.
Carlos e Nina entram em casa deixa os pratos e pano de prato na mesa e vão correndo para debaixo do grande pé de braúna em frente de sua casa sentam no banco de madeira e ficam observando o céu como se esperassem alguma resposta vinda do infinito para suas aflições e agonias daquele dia inesquecível.
O Portal
As sombras da casa, das árvores e animais anunciava a chegada do meio-dia. O sol intenso e imponente no céu fazia com que a imagem do sertão mantivesse um toque seco da natureza imposta por seu calor.
Maria sai da cozinha de sua casa, olha para o céu e contempla a imensidão azul sem fim, passa as costas do antebraço direito na testa tentando tirar o suor que escorria lentamente em direção de seus olhos, arruma seus cabelos negros fazendo um nó, passa as mãos em seu vestido florido e bem surrado, inspira fundo e expira suave para tentar manter o controle da temperatura de corpo.
Com uma voz doce chama por seus filhos:
- Carlos a comida está pronta? Venha logo para levar para seu pai?
- Estou indo mãe! – Responde Carlos prontamente.
- Nina venha para acompanhar seu irmão!
- Já vou mãe! – Diz Nina sem reclamar.
Maria entrega nas mãos de Carlos a comida colocada em um prato sobre outro e bem amarrado por um pano de prato para não ter como derramar ou desfazer sua arrumação para degustação de seu marido. Em seguida faz recomendações e orientações:
- Carlos você preste atenção! Seu pai está catando algodão perto da grande pedra branca, vá com sua irmã e tome muito cuidado!
Carlos e Nina saem andando rápido em direção à plantação onde seu pai está catando algodão, quando já se encontra fora do terreiro de sua casa Carlos emite um assobio rápido. Jupy que estava deitado debaixo de um pé de pinhão balança o rabo e vai correndo em direção de Nina e Carlos.
O caminho estreito e apesar da seca deixa Carlos e Nina maravilhado com o canto de alguns pássaros e com a corrida rápida do nhambu que corre fazendo ziguezague na capoeira tentando se esconder de algum caçador.
Após algum tempo caminhando Carlos e Nina avista a cume da grande pedra branca. Carlos olha para Nina e esta esboça um sorriso com se já estivesse combinado de fazer alguma coisa após a entrega da comida para o pai.
Carlos avista o pé de juá onde sempre entrega a comida para seu pai e vê que embaixo de sua sombra ninguém o espera. Carlos olha para Nina demostrando surpresa, Nina retorna o olhar com mais surpresa, mas os dois continuam andando em direção do pé de juá.
Quando já estão quase chegando são surpreendido com um grito assustador que os fazem olhar para trás. Com os olhos arregalados a com susto Nina e Carlos vê que é seu pai que mais uma vez está arriscando pregar um susto nos dois tentando os convencer de suas histórias que sempre conta quando está sós.
Após abraçar seus filhos Antônio pega sua comida, vai para debaixo do pé de juá para saciar sua fome e fica de longe os observando. Carlos pede a seu pai para dar uma voltinha pelos arredores com sua irmã.
Antônio faz recomendações e os deixa até terminar sua refeição. Carlos timidamente levanta seu polegar fazendo um sinal de positivo. Seu pai esboça um sorriso e começa a fazer sua refeição tranquilo.
Carlos pega a mão de Nina e corre por entre os pés de algodão, vão conversando assuntos pessoais e com um pensamento em comum, a grande pedra branca. Sem perceber por estarem do lado do sol chegam de repente ao pé da grande pedra branca. Carlos olha para cima e comenta:
- Nina será que tem jeito da gente chegar lá em cima!
- Sei não Carlos? – Responde Nina meia apreensiva.
- Vamos dar a volta em toda ela para ver como é? – Diz Carlos curioso.
- Vamos, mas não podemos demorar muito, pois papai já pode nos chamar! – Diz Nina atendendo as recomendações do pai e da sua mãe.
- Não se preocupe, vamos bem rápido, depois vamos embora! – Diz Carlos convencendo Nina.
Carlos e Nina começam a andar rápido fazendo a volta na grande pedra branca. Após um pequeno percurso Carlos e Nina observa uma fenda no meio da grande pedra onde nascem algumas plantas que apesar da grande seca estão verdes e sadias.
Carlos para e fica tentando entender aquelas plantas, Nina pega em sua mão e tenta puxar para continuarem andando. Carlos se nega a ir e vai em direção à fenda com plantas verdes. Nina o segue de perto demostrando medo em seu comportamento.
Cada vez que chegam mais perto parece que algo os atrai para mais perto. Nina começa a ficar mais apreensiva, mas Carlos parece não sentir medo. Quando chega tão perto que conseguem segurar nos galhos das plantas algo os fazem sentir uma brisa fria com se o inverno chegasse de mansinho.
Mesmo estranhando aquela mudança de clima Carlos e Nina se seguram nos galhos para ver melhor aquelas plantas. Sem saber o que podia acontecer Carlos segura um galho entre as folhas que parece diferente, repentinamente um portal começa a se abrir na grande pedra branca, o susto é muito grande. Carlos segura a mão de Nina prevendo alguma coisa assustadora. O portal leva a um grande túnel que parece assustador.
Carlos e Nina ficam parados olhando para o fundo do túnel aguardando alguma coisa acontecer. Um barulho começa a surgir no fundo do túnel que os deixam apavorados, tentam correr, mas suas pernas não respondem, paralisados ficam aguardando o desenrolar da ocasião.
Um bater de asas fica mais nítido, percebendo isto Carlos fica menos tenso achando que se trata de algum pássaro do sertão que estivera preso dentro de alguma caverna e agora liberto vai embora. Para sua surpresa uma grande asa branca vem em suas direções em um voo desesperado com se estivesse fugindo de algo feroz, isto preocupou Carlos que prontamente puxou Nina para perto de si na tentativa de protegê-la de algo desconhecido.
A grande asa branca passou voando por sobre suas cabeças e pousou em um pé de algodão. Carlos e Nina começaram a observar o grande pássaro e ficaram admirados com a grandeza e beleza daquela ave. Realmente nunca tinham visto uma ave tão grande ou ouvido falar de algo semelhante, a não ser nas histórias contadas por seu pai que sempre falava de aves e bichos que ninguém nunca tinha visto no sertão, mas tinham certeza que era pura invenção de seu pai para lhes causar medo.
Após algum tempo de contemplação da grande e bela ave ouve-se outro barulho vindo do fundo do túnel, agora apesar de se ouvir um bater de asas havia um voz e isto se tornava mais assustador.
Carlos abraçou Nina como se previsse algo acontecer, a voz vinha se aproximando e ficando mais audível, mais repetitiva, de repente surgiu um papagaio do fundo do túnel totalmente desesperado procurando a grande asa branca. O papagaio pousou em um pé de algodão e foi logo falando:
- Asa grande, cadê asa grande?
- Que asa grande, vimos uma asa branca, não vimos nenhuma asa grande! – Disse Carlos tentando responder.
- Asa grande, cadê asa grande? – Insistia o papagaio falador.
- Já disse que vimos uma asa branca e não uma asa grande? – Diz Carlos tentando novamente responder ao papagaio falador.
- Ela está ali no pé de algodão, você não está vendo, você é cego! – Diz Nina aparentemente irritada.
- Cadê asa grande, onde está asa grande? – Repetia o papagaio falador.
Um grito soou alto na plantação de algodão, era Antônio procurando Carlos e Nina.
Repentinamente tudo ficou em silencio, tudo parou por um instante, ouvisse um bater de asas intenso que toma rumo à caatinga que fica próximo ao plantio de algodão, em seguida outro bater de asa mais leve vai também em direção da caatinga.
Carlos e Nina se afasta do portal, este vai se fechado automaticamente com se fosse acionado por um toque de mágica, tudo volta a normal. Ao ouvi o chamado de seu pai Nina e Carlos corre em sua direção, ficam calados, pensativos e confusos.
Antônio observa o comportamento dos dois, mas acha que foi por causa de seu grito os chamando que os fez ficarem assustados.
Carlos e Nina pegam os pratos vazios amarrados no pano de prato e vão em direção de sua casa, durante o percurso parecem encantados, não se falam, a expressão de seus rostos é de quem viu algo que não queria vê ou estavam sonhando um sonho impossível.
Durante o caminho Carlos e Nina foram se perguntando e se questionando. Mas tudo parecia tão real, como poderia ser um sonho, aquela grande asa branca não parecia real, pois era muito maior do quê as que tinham na caatinga e aquele papagaio falador por que estava atrás da grande asa branca. Tudo estava confuso, aquele portal como surgiu de repente e aquele túnel onde vai dar, onde poderemos chegar entrando naquele túnel.
O que realmente tinha de segredo naquela grande pedra branca, porque muitos tinham receio de chegar perto dela, porque só meu pai cultivava algodão em sua volta, porque ela era tão branca que diferenciava das outras.
Quando chega ao terreiro de sua casa Carlos e Nina olham um para o outro e prometeram não falar nada do que aconteceu até saberem se o que viram era um pesadelo e algo real.
Carlos olhou para trás e percebeu que Jupy não os acompanhou nem presenciou suas visões na grande pedra branca, um assobio foi dado por Carlos e nada de Jupy aparecer, o assobio foi repetido várias vezes e nada do cão aparecer. Nina para conformar Carlos falou:
- Fica tranquilo Carlos! Provavelmente Jupy está com o papai, a noite ele vem!
- É mesmo, acho que ele ficou com o papai lá na plantação, tardezinha ele volta! – Diz Carlos se conformando.
Carlos e Nina entram em casa deixa os pratos e pano de prato na mesa e vão correndo para debaixo do grande pé de braúna em frente de sua casa sentam no banco de madeira e ficam observando o céu como se esperassem alguma resposta vinda do infinito para suas aflições e agonias daquele dia inesquecível.