O que li e nunca foi dito do coracao de uma amiga
Ela caminhava entre as folhas secas do campus
requebrava maliciosa quando se sentia observada
pesava o tenis por cima dos galhos
gemiam
Pensamentos mesquinhos lhe passaram na cabeca
Ela olhou para os lados
certificou-se
nao, ninguem ouvira o que gritara sua cabeca
por mais alto que lhe tenha soado
Olhou para o tronco da arvore e os galhos movimentavam-se
obcenos
vagamente contou
um, dois homens
sete, nove dias
uma, duas paixoes,
nenhum amor
um defunto amor
nao, definitivamente nenhum
Agarrou-se aquela verdade momentanea
Narcisa, vestiu-se
Sentimentos borbulhando em face ao espelho
Reagindo a sua propria imagem
A imagem, refletindo os pensamentos
Preparou a camera em cima da mesa, onde jogara as pecas de roupa
acionou o timer
e dionisio espiava
o teatro de poses e caras
mudas
ou sob o som pesado
de um tal de rock'n roll
Mudas, reais ou nao, 'e triste imageticamente
toquemos um jazz a nossa personagem
Ouvia Jazz
Mediu-se
Acariciou seu formato
Teve certezas absolutas
Tao certas
Tao absolutas
Que trazia duvidas
Se realmente eram verdadeiras
Medie Midia
Se meu corpo, minha roupa, minha expressao
compete com suas sacerdotisas
Que vejam todos e confirmem
Pois crescerei aos teus olhos
E por conseguinte aos meus
Sou meu corpo, sou minha alma
Sou so minha, e se nao quis
Perdoo tal ignorancia
E confirme minhas certezas
nas suas dancas
mao unicas
infeliz