UMA ROSA DE PRESENTE PARA CECÍLIA
Era um vez...
Na cidade de Campo do Tenente,
Interior do Parará,
Que quer dizer:
“Rio semelhante ao mar”
Na língua tupi,
Que até hoje é falada
Entre parentes
E ninguém sabe
Porque ninguém diz nada.
Uma bela menininha
Conhecida carinhosamente por Ciça
Apelidada deste seu nascimento,
Outros chamavam-na por Ceiça,
Mas seu nome era Cecília,
Que falava português e polonês
Nas ruas da cidade
Em casa, e em todos os lugares
Por onde passava
Cheia de graça
Cantarolando
E melodiando como os pássaros
Que sempre acompanhavam-na.
A cidade era pequenina,
Muitos diziam que era distrito,
Tinha um posto telefônico,
Um mosteiro religioso
Da ordem cisterciense,
Uma praça, um coreto,,
Uma quitanda,
Escola e poucas casas,
Nas Ruas todos conversavam
Até as seis horas da tarde,
E todos eram felizes naquele lindo lugar,
Onde todo era lúdico,
Como a doce Cecília.
Num dia nublado de domingo
A garota vestida de azul
Com laços brancos
Sustentando suas tranças
Que chegavam a Cintra,
Sapatinho dourados
E um broche lindo
Representando a sagrada família,
Foi com seus pais passear
Na cidade de Mafra
Porque era seu aniversário,
Quando lá chegaram
O dia começou a brilhar
Pois a doce Cecília logo ganhou
Uma margarida
Da simpática prima.
Retornaram para Campo do Tenente
No final da tarde,
Ela contente estava com a rosa que ganhara
Pois a doce garota sempre sonhara
Recebendo ma rosa
No dia do seu aniversario.