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Centopeia Julica
A vizinhança estava em polvorosa. Até que enfim, a centopeia Julica resolveu marcar o casório, só faltava avisar ao noivo que viajava dia e noite a trabalho, poderia até ficar sem comer, mas o dinheirinho da prestação da casa própria era sagrado. Presteza da bicharada não faltou, a cigarra Naná já ensaiava o canto de entrada da noiva, a pata Lara prontificou-se a doar os ovos para as guloseimas, deixando enciumada a galinha garnizé. Dona Abelha Lia, chegou dizendo toda prosa que os docinhos e o bolo eram presentes de seu Buffet, deixando a formiguinha Sara salivando de contente.
A centopeia Julica não imaginava quão querida era, ia cantarolando de casa ao trabalho e dizendo para si mesma que a solidariedade é tal qual uma colcha de retalhos. De volta aos preparativos, o vaga-lume Leo disse que faria uma surpresa, enquanto a tartaruga Nina ofereceu-se para levar as alianças, já havia até comprado seu vestido de poá. Mais que depressa, a centopeia julica , educadamente, disse-lhe que havia prometido a entrega das alianças à sua sobrinha e afilhada, Rita, recebendo um sorriso sereno da tarturuga Nina, especialíssima essa menina...
Dona Joaninha Vera fez um abatimento no aluguel do vestido bege rendado, um primor que só! A coruja Bia, toda vaidosa, emprestou o par de brincos de pérolas com mil recomendações. Faltando três dias para o casório, chega à cidade o noivo. Ao avistar sua casa, encontra-se com o gentleman João-de-barro que vai logo presenteando aos noivos: uma casa novinha de florezinhas na janela, lá no alto da serra, para recebê-los, quanto zelo! Emocionado o noivo Juquinha agradece e faz uma prece!
Ah, os sapatos! O galo Rui tinha uma sapataria, a mais famosa da cidade, mas desconversou, dizendo que faltava estoque e que Dona Centopeia Julica procurasse outra loja, o "Palácio dos Calçados". Aranha Rute ficou sabendo do ocorrido, reuniu-se com toda a família, compraram fitas de cetim multicores, teceram dia e noite, estavam prontos os sapatos. Uma fineza de dar gosto!
Tocaram os sinos na capela, de longe ouvia-se o canto da cigarra Naná sob o facho de luz do vaga-lume Leo. Sorria o céu...
P.S
Dona coruja me contou que essa festança ocorreu antes da pandemia, quis compartilhar para amenizar um pouco nossos dias, que não nos tarde a alegria...
Dona Joaninha Vera fez um abatimento no aluguel do vestido bege rendado, um primor que só! A coruja Bia, toda vaidosa, emprestou o par de brincos de pérolas com mil recomendações. Faltando três dias para o casório, chega à cidade o noivo. Ao avistar sua casa, encontra-se com o gentleman João-de-barro que vai logo presenteando aos noivos: uma casa novinha de florezinhas na janela, lá no alto da serra, para recebê-los, quanto zelo! Emocionado o noivo Juquinha agradece e faz uma prece!
Ah, os sapatos! O galo Rui tinha uma sapataria, a mais famosa da cidade, mas desconversou, dizendo que faltava estoque e que Dona Centopeia Julica procurasse outra loja, o "Palácio dos Calçados". Aranha Rute ficou sabendo do ocorrido, reuniu-se com toda a família, compraram fitas de cetim multicores, teceram dia e noite, estavam prontos os sapatos. Uma fineza de dar gosto!
Tocaram os sinos na capela, de longe ouvia-se o canto da cigarra Naná sob o facho de luz do vaga-lume Leo. Sorria o céu...
P.S
Dona coruja me contou que essa festança ocorreu antes da pandemia, quis compartilhar para amenizar um pouco nossos dias, que não nos tarde a alegria...