(Imagem do Google)
Versinhos nas montanhas
Roçar, plantar,
regar, colher.
Labuta a se agregar
até às sombras do entardecer!
De bambu os balainhos
feitos por papai,
pra ração dos bezerrinhos:
-devagar menina, senão ocê cai!
Biscoitos de queijo na brasa
exalando amor materno.
Saudades daquela casa,
do verão , outono, inverno!
Queijos acarinhados
nas forminhas de madeira.
Mamãe ali ao lado
cantoria a tarde inteira!
O branco vinha do curral
em copos de alumínio,
espumante tal qual
brinquedo em fascínio!
Espiando a lua,
cúmplice de meus desejos.
Desponta toda nua!
É nosso pão de queijo!
Meus agradecimentos aos poetas pelas interações:
Poeta Olavo
No meu tempo de menino
Tinha folguedos e balão
Num ambiente nordestino
Dançávamos até o baião.
Tinha todas brincadeiras
Que envolviam a criançada
Tinha São João com fogueiras
Em festinhas bem animadas.
Jacó Filho
Talvez o melhor de Minas,
Esse pão tão saboroso,
Faz-me um fã fervoroso,
Do sabor que nunca finda...
Marli Caldeira Melris
Versinhos na montanha
Versinhos na montanha
Faz sorrir João Guilherme
Gabriel cantarolar e dançar
Beatriz contar historinhas
Leva Giovana a bailar
E Juan ficar a poetar
Versinhos na montanha
Tem cheiro de mato
Tem piso de folha seca
Pezinhos levados correndo
Versinhos na montanha
Traz netinhos para a vovó
Versinhos na montanha
Norma Aparecida Silveira Moraes
Lembranças tão encantadas
Do sítio de meus genitores
O dia amanhece no sítio
com algazarra da passarada
A vaca berra lá no curral
E bezerrinho vai respondendo
As galinhas assanhadas
Esperam o milho no terreiro
Os cavalos vão relinchando
Os porcos gritam no chiqueiro
Lá vem o caminhão do leite
tanta correira o dia todo
Depois vai para a plantação
E logo vem a tardezinha
E nova noite vem coroar
para poder dormir, descansar
E novo dia já vai amanhecer
E a rotina toda a recomeçar
É tanta natureza, tanta pureza