NO COLO DA «VIAGEM PELO MUNDO NUM GRÃO DE PÓLEN»

(Ao P2 Lopes, pela culpa que a ele recai,

ao chamar-se o responsável por este poema existir)

É preciso ser-se suficientemente criança

para que nos tornemos verdadeiramente adultos.

E pena tenho eu do adulto que deixa morrer

a criança maravilhosa que exista em si.

E se de tal eu não tivesse como saber

duvido que eu saberia disto

o mais importante de tudo:

Felicidade não se explica

apenas se contempla

nos gestos mais simples

e honestos

a que nos damos

ingénua e gratuitamente.

E a não ser este dito verdade

aclare-mo: o que vem a ser isto

que se solta tão leve quanto uma pluma

da alma desta criança despreocupada

a correr os seus sonhos mais fantásticos

na asa de um poema escrito

no voo da consciência

tornada pólen

apenas?

Celles Leta, 01.03.14

C C Cossa
Enviado por C C Cossa em 07/03/2014
Reeditado em 15/05/2014
Código do texto: T4718655
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