Nova idade.
IDADE NOVA
Quando pequenina
vida tão fragilizada,
orelhinhas agasalhadas,
olhinhos azuis a pestanejar,
sapatinhos de tricô
para os pés esquentar.
Depois de alguns meses
começa a andar, expandindo,
descobrindo espaços
começando a tatear,
já sabe o que é belo,
e o feio onde está.
O desejo consumista
começa chegar.
Brinquedinho eletrônico;
telefone celular,
e com sete ou oito anos
começa a se pintar.
Batom vermelho na boquinha,
sapatinhos em altos saltos,
passos certos a caminhar.
Com sorrisos insinuantes,
caras e bocas provocantes,
como querer conquistar.
Parece mocinha;
Mas é tão miudinha,
com nove ou dez anos
já pretende namorar.
Mas ainda está guardado,
na gaveta ali do lado,
um casaquinho rosado
e seu par de sapatinhos,
feito de lã trabalhado.
Usavas em dias de frio;
nenê quentinha e bem calçados.
Brinquedo de boneca,
só por poucos dias,
a Barbi esta lá jogada
no cesto de coisas usadas.
Narizinho empinado,
ela se sente crescida
acha que já passou
para outra fase da vida.
Antonio Herrero Portilho ( Antherport ) 18/11/2013.