De Objeto à relevante Beldade
Em outros tempos,
Mirava uma mulher,
A mente ululava,
As vistas esbugalhavam nas órbitas,
A saliente língua roçava os lábios,
Umedecendo-os,
E os insolentes dedos,
Não obedecendo os comandos,
Ficavam enlouquecidos para entrarem na f(r)esta sem convite.
Logo, a mente voltava à cena e eletrocutava os sensores e neurônios;
cabelos e olhos,
Unhas das mãos e pés,
Leve perfume na sedosa pele de mulher,
Seios e lábios aveludados,
Clamavam por te-los aos poucos,
Devagar,
Aos pedaços,
Bem suave
Por inteiros,
Ponha-me a divagar.
E a prévia da cintura para cima,
Culminava com uma bela,
Belíssima bunda em formato de pera;
Amparadas por um par de coxas lisas,
Descendo por suaves pernas.
Sob sol, chuva, vento, Lua e estrelas, cachoeiras,
Dias e noites,
Madrugadas,
Bancos de praças,
Palácios e castelos;
O resto,
Quem fala por metáforas,
Metonímias, idiossincrasias
E lê as entrelinhas,
Suga néctares,
Feromônio do desejo, querer e prazer,
Sexo calmante,
Ou amor quebra-cama,
De extravagâncias,
Sabe;
Também de levezas, mansidão e fragrâncias.
Atualmente,
Amigos e amigas confrades,
O quesito mulher,
Invisto,
Só e somente,
No bom papo,
Suco natural ou um chopp,
Vento minuano soprando inspiração,
Favoritos passatempo,
Na amizade.
Atualmente,
Mulher para mim é Cia,
Que vem com leve perfume,
Doces palavras,
Em um quê de poesia,
Encantamento,
Sem excessos de saudosismos,
Muitas gargalhadas,
Nada de lamentos.
Será que aposentei no INSSexo?
Sim ou não,
Continuo ativo na fábrica de crenças ilusórias,
Antes que tudo se aposente,
Pulsação sanguínea se desfaça,
E falte-me ar,
Oxigênio que foi,
Definitivamente,
Embora,
Deixando para trás,
Vazia,
A taça.
Honesto e humilde é aquele que é crítico de si, e não menos, do que faz; contudo, em nome da verdade, quando necessário cospe, cutuca a ferida.
Samuel é cáustico, venenoso: "a medicina piorou". Se fosse só na medicina...
A prova foi a própria entrevista com a nutricionista que tinha debilidade nutricional.
Em razão do visto e ouvido, a felicidade e realização foram e são fomentadas, moldadas, construídas na dor; e não importa quantos títulos possui, quantos idiomas possui e muito, a quantidade de bens materiais o torna poderoso, economicamente.
Pois, os banheiros, os velórios e cemitérios, nivelam todos por igual.
Passado: memória;
Presente: atenção;
Futuro: imaginação.