ALZHEIMER
Ao fechar lentamente a cortina,
do espetáculo finito que é a vida,
a mente lenta definha e desatina.
Lá onde o passado vira presente...
com o sofrimento n’alma contido.
Olhos vagos no futuro inexistente!
Onde há clamor em silêncio sofrido,
pela Luz derradeira... e onipotente!
Nota: Pode parecer estranho que se faça poesia com essa terrível doença. Friso porém que, a inspiração neste caso, foi a recordação de minha esposa, Vera Maria Campos Ferreira (saudosa Verinha) que sofreu desse terrível mal por 12 anos, sendo os últimos cinco em estado vegetativo, até sua partida em 22 de fevereiro de 2019. Desculpem-me mas acrescento esse esclarecimento por sugestão do grande poeta amigo dilsonpoetaa, a quem agradeço a atenção e consideração. Obrigado.