A MONTANHA
Quero hoje ser o poente para te receberes cravejado d'ouro
Salpicando em minha pele caiada, suspiros de névoas
E, quando deslizares pelo meu corpo, molhares com sagacidade
As curvas que estendem-se por infinitos lugares da minh'alma.
És o manto dourado que ao ter-me em silêncio
Sentes os gemidos do vento frio acalantar o tempo
Com vislumbrante paisagem em mim doada às lembranças
Sempre, vento, estarás próximo de mim em ti, cada estação.