A LUA D'AMOR
Estou ancorado no cais escuro da minh'alma em porto
Inseguro, de noites nubladas que arremessa-me às pedras
E faz-me afundar-me com os corais que nadam em mim.
A lua nascente rasga o véu do céu esplendoroso no crescente
Estrelar em estrelas mortas ressurgindo reluzentes ao caírem novas
N'água mórbida que pela valsa minguante me faz delirar d'amor.
No torpor sufocante, sem ar, vejo-me renascer em mares...
Talvez eu seja a lua que rasga cortinas azuis.