Sambinha do novo Bom Velhinho

Feliz natal,

Feliz nataaal;

Se papai Noel aparar a barba,

Depilar o saco,

Ficará mais leve,

Corpinho sex,

Barriga tanquinho,

Jogará capoeira,

E para Ele,

Roncarei a cuíca,

Baterei...

Se não for permitido bater,

Tocarei...

Tocarei berimbaaau.

É natal,

Feliz nataal,

No Brasil,

Tudo é tão certo,

Que do Oiapoque ao Chuí,

Não há nada errado,

Falou o mentiroso,

Atual feique nius,

Bazofeiro caloteiro,

Beleza sem iguaaal.

Feliz natal,

Feliz nataaal,

Inundação no Rio Grande do Sul,

Belém,

Engana-se que é pelos lados de Jerusalém,

Capital do Pará;

Agora é a vez de Natal,

Terra de favelas,

Becos de ratos, gente e traças,

E mais alguma coisa,

Que sobrevivem sem Sol,

Por lá,

Tem aos borbotões,

Salinas de Sal;

Também de lançamento de foguete,

No Rio Grande do Norte,

Nada mais tem,

Nada mais é,

Que Natal,

Do Estado,

A capitaaal;

Feliz natal,

Feliz nataaal,

Abaixo,

Mais abaixo,

As saracuras atravessam caminhando nos pântanos,

Áreas que um dia fizeram parte do não mais alagado,

Agora seca,

Caveiras de bichos com dentes arreganhados,

Fogo e desmatamento,

No pantanaaal.

Feliz natal,

Feliz nataaal,

Tudo que escrevi,

Como dizia Cristo:

Quem tiver olhos e ouvidos,

Veja e ouça,

Não sou paranormaaal.

Feliz natal,

Feliz nataaal,

Estou indo,

Fui,

Antes que o ex-detento,

Lula destruidor anos 80,

Bom velhinho paz e amor dos dias atuais,

Diga que pessimista / reacionário contraventor,

Será preso,

E em nome do ordenamento jurídico democrático,

O qual não é enchimento de páginas e linguiça,

Vai se dar maaal.

Luz

O Brasileiro está sempre debaixo da sombra:

Sombra da família,

Sombras dos governos,

Sombra da religião,

Por isso,

Nunca se autodesenvolve,

Nunca prospera,

Nunca acredita em seu potencial,

Nunca pratica a fé,

Que é Deus invisível,

Fonte máxima de Luz.

Ainda que não seja treva,

Sombra é obscuridade para quem usufrui dela,

E não se assombra.