Carta para o Coronavírus
Malditos! Maldito seja esse garoto, terrorista miserável! Como pode? Quem ele pensa que é? Alexandre o grande? Com 19 anos causando um caos no mundo inteiro. Maldito seja você Covid. Por sua causa estou trancafiado em meu próprio lar, não posso sair, mas tenho que fazer isso antes que enlouqueça. Preciso comer, antes que as crises do meu corpo subam ou desça para minha cabeça. Não aguento mais! Preciso de uma guerra para ter paz.
Preciso sair,
nada há de me conter,
se eu ficar em casa morrerei de fome,
preciso comer.
Eu saio e começo a procurar,
já esqueci dos protocolos,
costumava ser
cheio de frescura.
"Não pode ser assim,
tem que ser assado,
com exceção das restrições que tenho por fé e saúde,
hoje vou comer quem, quer dizer: o que estiver no meu prato.
Preciso sair,
nada há de me conter,
se eu ficar em casa morrerei de fome,
preciso comer.
Não pense que é brincadeira,
não pense que é ironia poética,
eu vou f*der, quer dizer: comer
qualquer coisa que se mexa.
Senhor Covid, venho por meio desta carta lhe pedir uma trégua, levanto essa buc3t3ira, quer dizer: "bandeira" branca. Pude perceber não há como lhe enfrentar, tão pouco lhe deter. Vamos firmar um acordo: eu vou sair, em busca de comida, se eu não comer morrerei. Eu vou sair e o Senhor não vai me atacar. Antes que me pergunte, permita-me antecipar, no final de tudo você pode fica com minha vida. Mas, em momento nenhum pode ferir esse tarado, quer dizer: tratado. Assim manteremos a paz. Das pessoas que eu comer, nenhuma pode se infectar. Sei que você não acha justo, do seu modo, assim como eu, você é um comedor de pessoas. O chamei de você, sabe, vai que nós ficamos amigos. O mundo vai dar um jeito de revidar, eles vão te matar, e se você não me matar, aceito ser seu hospedeiro, só para você ver como vai ser a vida, quando eu partir dessa faça o mesmo acordo com outra pessoa. E, por favor, não seja tão formal. Só para deixar claro, respeito sua bissexualidade. Perdão, acredito que já temos certa intimidade, não precisa me chamar de Sr. Cezar, me chama de Alexandre, como se fosse um amigo íntimo. Temos um acordo, Coronavírus?
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