O GOLEIRO EMPOLGADO
Humor tragicômico


 
 
 
Numa pequena cidade do interior, como em tantas outras tinha um excelente time de futebol. O seu goleiro era o melhor de todos daquela região.
Gol na forquilha não passava nele. Catava todos. Sabem aquela bola que vai direto ao ângulo de noventa graus da trave? Ele dava aquela voada de dois metros e meio acima do chão (chamada de ponte) e normalmente espalmava ou, ás vezes até encaixava espetacularmente.
Em certa ocasião o nosso goleiro foi passear na cidade grande. Estava com a namorada e uns amigos numa praça arborizada e circundada de prédios. Como era um domingo, manhã de verão ensolarada estavam ali muitas pessoas caminhando pra lá e pra cá, curtindo o sol e o dia.








Em dado momento, em um dos prédios, no oitavo andar uma pessoa gritava por socorro. Seu filhinho de um ano mais ou menos estava dependurado no beiral da sacada prestes a cair.
Instintivamente o nosso goleiro correu para um local embaixo, na direção da sacada e aguardou. Não demorou trinta segundos  a criança despencou para baixo. Goleiro forte e experiente que  era  deu aquela voada espetacular e encaixou no colo aquele ser inocente.
A multidão presente aplaudiu longamente o jovem goleiro por esse gesto heróico tendo salvado aquela vida.
Assim que cessou os aplausos o nosso goleiro empolgado, esquecido de onde estava, jogou a criança pra cima e deu-lhe aquela senhora bicuda para repor abola pro meio do campo.

Tragicômico isso, não? Se não fosse seria bem engraçado.