Em 2018 – Jeca Tatuado para Presidente.
Quero ver é plantar bananeira c’ as mãos
no ar e escrever canções pra boi dormir,
fazendo gol olímpico em lance lateral
perto da linha de canto em jogo de futebol,
quero ver fazendeiro do céu e a plantação
que só depois de morto pode cultivar,
na aração das nuvens feita por um burro
pra depois lá plantar linguiça e macarrão,
quero ver tsunami apagando inferno,
se isso conseguir surfando uma onda,
sem medo de careta em cima de um skate
onde uma mulher deite e mude esse sonho,
secando o suor da testa do Stanislaw Balner
o amigo imaginário que nunca me falta,
quero bater a falta e fazer o gol
no último minuto da prorrogação,
quando juiz c’ o apito já fazia o gesto
de encerrar o jogo e levar pros pênaltis
a decisão da Copa entre Japão e Senegal,
quero o absurdo da felicidade,
nas ruas da cidade quero andar seguro
por duas seguranças a loura e a morena
a primeira a ex-mulher e a segunda a futura,
quero que o quero-quero beije a cotovia,
enquanto cantarolo o físico do rolo
e a psychê-du-rule da Jaqueline Kennedy
lembrada para sempre em tapete vermelho
como a joia mais rara de todas as elegâncias,
quero a sabedoria desses grandes homens
que foram Chico Anísio, o Mussum e o Bussunda,
quero banheiro limpo em bar que beira estrada
onde lave as mãos e veja limpo o espelho,
quero seguir viagem até o fim da vida,
fazendo brincadeira até com pesadelo,
com água nos joelhos numa praia deserta
onde venham a mim Iemanjá e Afrodite,
pra me dizer que Hebe nunca mais vai voltar,
e nem Derci Gonçalves, oras, graças a deus,
pois se o sonho acabou e a cultura está morta,
ainda há muita gente que essa sorte piora,
c’ a cara de pau que nem cupim devora,
porque é o próprio cupim esse cara de pau;
se Ulysses Guimarães disse tempos atrás:
A corrupção é o cupim da República, então,
só resta um samba longo pra abaixar o pano
dessa peça farsesca imposta ao teatro
de operações de guerra contra isso tudo,
sem que o violão cabisbaixo e mudo
esqueça o roubo torpe da merenda em Sampa,
onde foi desviado dinheiro das crianças
sem que nenhum tucano até hoje fosse preso,
pra dividir a cela com Lula operário,
que venceria hoje qualquer eleição,
embora seja culpado de corrupção,
por sua relação c’ o empresariado,
por isso minha gente votem diferente:
em 2018, Jeca Tatuado para Presidente!
Quero ver é plantar bananeira c’ as mãos
no ar e escrever canções pra boi dormir,
fazendo gol olímpico em lance lateral
perto da linha de canto em jogo de futebol,
quero ver fazendeiro do céu e a plantação
que só depois de morto pode cultivar,
na aração das nuvens feita por um burro
pra depois lá plantar linguiça e macarrão,
quero ver tsunami apagando inferno,
se isso conseguir surfando uma onda,
sem medo de careta em cima de um skate
onde uma mulher deite e mude esse sonho,
secando o suor da testa do Stanislaw Balner
o amigo imaginário que nunca me falta,
quero bater a falta e fazer o gol
no último minuto da prorrogação,
quando juiz c’ o apito já fazia o gesto
de encerrar o jogo e levar pros pênaltis
a decisão da Copa entre Japão e Senegal,
quero o absurdo da felicidade,
nas ruas da cidade quero andar seguro
por duas seguranças a loura e a morena
a primeira a ex-mulher e a segunda a futura,
quero que o quero-quero beije a cotovia,
enquanto cantarolo o físico do rolo
e a psychê-du-rule da Jaqueline Kennedy
lembrada para sempre em tapete vermelho
como a joia mais rara de todas as elegâncias,
quero a sabedoria desses grandes homens
que foram Chico Anísio, o Mussum e o Bussunda,
quero banheiro limpo em bar que beira estrada
onde lave as mãos e veja limpo o espelho,
quero seguir viagem até o fim da vida,
fazendo brincadeira até com pesadelo,
com água nos joelhos numa praia deserta
onde venham a mim Iemanjá e Afrodite,
pra me dizer que Hebe nunca mais vai voltar,
e nem Derci Gonçalves, oras, graças a deus,
pois se o sonho acabou e a cultura está morta,
ainda há muita gente que essa sorte piora,
c’ a cara de pau que nem cupim devora,
porque é o próprio cupim esse cara de pau;
se Ulysses Guimarães disse tempos atrás:
A corrupção é o cupim da República, então,
só resta um samba longo pra abaixar o pano
dessa peça farsesca imposta ao teatro
de operações de guerra contra isso tudo,
sem que o violão cabisbaixo e mudo
esqueça o roubo torpe da merenda em Sampa,
onde foi desviado dinheiro das crianças
sem que nenhum tucano até hoje fosse preso,
pra dividir a cela com Lula operário,
que venceria hoje qualquer eleição,
embora seja culpado de corrupção,
por sua relação c’ o empresariado,
por isso minha gente votem diferente:
em 2018, Jeca Tatuado para Presidente!