Dicas de ECONOMIA

Se a inflação está alta, furando os vossos bolsos, a moda é economizar. Adote novos modelos de consumo: case somente uma vez, adquira a esposa em lojas de 1,99 (um real e noventa e nove centavos); paga-se o mínimo por mulher feia. Volte a dirigir Fusca, Karmaguia, Brasília, Passat, Corcel, etc.

Tais carros resistem no máximo uma volta no quateirão e tira você do sedentarismo, para não dizer, vagabunduce. Mulher feia e carro velho, tossem fumaça, se assemelham e o ladrão e o vizinho dispensam.

Para a mulher feia, feijão carunchado e arroz de terceira bastam; enquanto que para o carro velho, basta óleo queimado e gasolina adulterada com água;

Coma músculo e tutano em vez de se preocupar com carnes nobres. Custam barato e possuem menos gordura. Animais domésticos, reedite os melhores amigos do homem que são animais Vira-latas. Sua aposentadoria não é suficiente nem para comprar os remédios, os quais tem que pedir no SUS e farmácias populares e ainda quer animais de raças exportadas. O latido, o miado e o prejuízo são os mesmos.

Como e beba uma única vez por dia. Excesso de comida dilata o estômago, viciando-o; assim como os vossos olhos gordos e insatisfeitos, sempre!

Abro um leque nesse parágrafo para relatar o causo verídico que ficou conhecido como "Comprou deflorada, devolveu virgem e foi contemplado com o valor pago" e ocorreu em Pichotas do Norte, com um Ruralista. Certa ocasião, aquele senhor cansado de morar sozinho léguas de distância da cidade, decidiu sair cedo e ir em busca (compra) de uma companheira. Chegava às bodegas ( o tal Secos e Molhados vendiam de tudo), que também vendiam mulheres, verificava e apalpava para ver se os órgãos estavam todos certinhos nos lugares. Passou por uma; duas e na terceira bodega, uma vez que o preço estava convidativo, cumpriu o ritual estabelecido e fechou negócio com o Bodegueiro.

Ele e a doravante patroa (por quanto tempo, eis a questão) sentaram-se no banco que havia fora, na entrada, para prosear. Nisto o tempo passou e o relógio da matriz bateu meio dia. Saíram, comeram alguma coisa (por sorte, à época, na cidade não tinha Mc´Donalds), barato é verdade, porque o cidadão não dispunha de muito dinheiro, além de detestar inflação. Retornaram ao mesmo banco. O Bodegueiro intrigado, procurou saber dele se não ia levar a esposa. Ele respondeu que sim, mas que estava esperando. “Esperando o quê”?

Caiu tarde e os comércios abaixaram as portas. Idem o comércio do Bodegueiro e nada do casal partir para as núpcias, pois até o nome da cidade transpira sexo nupcial. Ressabiado, olhando por todos os lados, o Ruralista viu o comerciante saindo pelas portas do fundo. Rapidamente, atravessou-lhe a frente e de imediato perguntou quando ele iria devolver-lhe o troco. O Bodegueiro estranhando aquele ímpeto na pergunta do Ruralista, respondeu no mesmo tom de voz que não tinha moeda para dar-lhe.

Imediatamente e sem medo, o Ruralista disse: “Intonci fique vosmecê com sua muié, porque já estou pagando caro por ela; e ocê me vem com essa de que num tem um centavo de troco!? Conta outra Bodeguero; pois fique o sinhô sabendo, que o que vai na cabeça d´outro é piôio! Nóis é Jeca Tatu da grota, mas é joia; compra, paga no dinhero e num pricisa de financiamento de governo, não viu! Tome tento Bodeguero vendedô de muié e decá meu dois rear de dinhero de vorta"!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 18/07/2015
Reeditado em 18/07/2015
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