DO NAMORO AO CASAMENTO EM DUAS HORAS

 
 
 
 
 
A modernidade dos dias atuais nos remete a reflexão sobre as diferenças gigantes existentes entre os homens de antigamente e os de agora quanto à amizade, o namoro e o casamento.

Até o final dos anos cinquenta a amizade entre homens e mulheres era muito restrita. Para um jovem conseguir namorar uma menina (entre 14 e 17 anos de idade) não dependia da sua conquista pessoal. Era extremamente necessário que o pai da pretendida fosse conquistado. Só ele decidia com quem sua princesa podia ou não namorar.
Tomar a namorada pelas mãos e sair para passear nem pensar. A menos que tivesse uma babá ou um leão de chácara do lado vigiando o tempo todo. Abraçar e beijar, isso eram humanamente impossíveis, a não ser muito escondido mesmo. Aliás, o que ocorria com certa freqüência.   
Mas hoje em dia tudo se resolve num abrir e fechar de olhos. Jovens e adultos de todas as partes do mundo, de várias raças, etnias e idiomas saem para os passeios às praias, campos, montanhas acampamentos, baladas, etc., e se misturam naturalmente. Por isso a rigor sempre resulta em um ou outro encontro que termina num relacionamento amoroso, o qual às vezes acaba em casamento. Vejamos:
01 minuto, apenas um olhar, um aperto de mãos sem qualquer palavra.
06 minutos, uma troca de abraços bem simples e singelo de amizade.
12 minutos, um abraço com mais efusão e um beijinho no rosto.
18 minutos, um ingênuo e inocente selinho.
25 minutos, um beijo mais avançado, molhado e com intenções.
35 minutos, começou a esquentar e o beijo sai mais ousado com troca de salivas.
40 minutos, os batimentos cardíacos aumentaram e os beijos são os famosos “beijo de língua” ou “desentupidor de pia”.
45 minutos, começam o primeiro apalpo e toques, mesmo sobre os vestuários.
50 minutos, troca de carícias mais profundas, quando cada um procura o órgão sexual ou genital do outro e dele se apropria.
55 minutos, os primeiros estremecimentos de gozo, ambos ainda vestidos, às vezes, até com roupas pesadas com jeans, agasalhos, vestidos ou outro qualquer.
60 minutos, a volúpia do desejo e a procura de uma cama ou algo em que possa deitar-se para copular bem confortavelmente.
65 minutos, agora o casal já está totalmente despido e sem qualquer pudor atracam-se num sexo oral, vaginal, anal levando adiante o grande momento de prazer.
70 minutos, do coito inicial ao sexo total consumado.
80 minutos, após a relação amorosa sem limites, sem reservas uma pausa para troca de novos carinhos.
85 minutos, satisfeitos e totalmente saciados dos desejos carnais ou casal inicial a nova etapa do relacionamento assim:
90 minutos, - menina, você é muito gata e tem relações sexuais bem pra caramba. Gostei. Qual é mesmo o seu nome?
95 minutos, - querido, eu também adorei transar contigo; gostaria de repetir a dose outras vezes. Meu nome é Madalena. E o teu nome, como é mesmo?
100 minutos, meu nome é Fabrício Fernandes, mas o pessoal lá do escritório me chamam de “FA-FE”. Então, podemos nos casar. Vai lá para a minha casa hoje mesmo.
105 minutos, - querido FA-FE eu aceito o teu convite, mas como não tenho carro preciso que tu vá me buscar. Vou anotar o endereço, ok?
120 minutos, combinados. Nós juntamos os nossos trapos e escovas de dente hoje e se der certo daqui a uns seis meses nos casamos no papel.





 
 
 
 
Nota do autor:
Este texto é o de número 1.000 na ordem de publicações na minha escrivaninha no Recanto das Letras e no meu site.