Conversa de Botequim...

Conversa de botequim

Em viagem lá pelas bandas do Mato Grosso, paramos para tomar uma água e comer alguma coisa... Enquanto esperávamos e descansávamos um pouco, sentados próximos a nós e as gargalhadas estavam três homens, um mais velho, bem gabola e os outros mais jovens fazendo comentários de pessoas conhecidas deles... Riam tanto que quando dei por mim estava eu também rindo... Disfarçadamente prestei atenção na estória que era mais ou menos assim...

O mais velho contou que seu cunhado bem valentão e seu sobrinho de sete anos estavam na fazenda olhando um bezerrinho meio doente!

Contou também que não sei quem, havia comprado uma vaca que estava lá na fazenda e o dono não estava muito contente com ela, pois era uma bichona brava arredia e mal humorada.

Os peões da fazenda também estavam meio desconfiados com ela, ninguém queria enfrentar a bicha!

“Seu cunhado sabendo da vaca,” disse não ter nenhum medo, pois bicho assim se toma pelos chifres! Aí começaram as risadas!

Já deduziram o que vinha por ai.

Bom, o bezerrinho berrava a mais não poder, pois estavam tratando dele e o próprio queria sossego... Com certeza a vaca incomodada com o berro do pequeno,saiu de onde estava e veio,sem se fazer perceber!

Quem tomou conhecimento da presença da vaca já a poucos metros dali foi o menino que disse:_ Tio não é por nada não, mas to fora olha a vacaaaa!!!!

Aí foi só risada, ou melhor, gargalhada!

Ao sair correndo o menino abriu a porteira e nem pensou no tio bateu a mesma que se fechou automaticamente, isto é, caiu a tramela que a fechava!

Porteira fechada e o tio no pasto sem saída... E a vaca, segundo o relator do fato, bufava, riscava a pata no chão e prometia combate.

O tio valentão virou uma menininha, correu o quanto pode... Perna pra que te quero!

Xingou, esbravejou, mas não teve acordo!

Se não fosse uma árvore próxima à porteira o coitado já era!

Assim a gozação foi por um bom tempo e o valentão perdeu o prestigio!

Continuamos a viagem morrendo de rir imaginando a cena!

Norma Kater.

N orma kater
Enviado por N orma kater em 17/09/2011
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