" INOCÊNCIA .... INFANTIL"

Em minha casa, meus pais jamais tiveram o hábito de falar os chamados palavrões, ou "nomes feios",segundo a primorosa definição de minha genitora Yvonne.

Lembro-me saudosa, da ingenuidade que permeava o risonho colorido de minha tenra infância...

Por volta de meus quatro anos de idade,mamãe tomara os serviços de Maria, a fim de ajudá-la em seu atarefado cotidiano de mãe,professora, e esposa exemplar...

A secretária do lar, inconformada com o término de seu matrimônio a todo momento assim esbravejava:

"_ Aquela b... do meu marido, aquela b... do meu marido..."

Passado algum tempo, Maria decide rumar de volta ao Paraná, com o fito de reconquistar seu amor perdido...

Em uma alegre tarde de domingo, meus pais recebem a visita de uma gentil senhora, cerimoniosa,"cheia de nove horas,"típica dama produto da mais conservadora sociedade...

Eu, tentando ser simpática , solto a infeliz frase, tomada por um impropério pela afetada mulher:

_ Trabalhou aqui, uma empregada que o marido dela chamava B...

* Nota da Recantista: Dificilmente falo os " nomes feios",mas penso que os palavrões em dadas ocasiões são mais do que engraçados...

Ivone Maria Rocha Garcia
Enviado por Ivone Maria Rocha Garcia em 13/04/2011
Reeditado em 06/01/2017
Código do texto: T2906419
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