TRÊS SUGESTÕES


 

 







 
 
Uma vez, há mais de quarenta anos um amigo me falou que estava na dúvida entre casar, comprar uma casa ou comprar um carro de corrida. Na base da brincadeira eu lhe falei sobre o meu entendimento nesses assuntos e em seguida sugeri:
01) Casar apenas por casar é tão arriscado quanto comprar um carro de corrida. Casamento com muito amor por si só já é bastante difícil e complicado. Surgem no decorrer da vida a dois inúmeras divergências e incompatibilidades. Então, o casamento sem amor, precipitado e por outros interesses é a pior das decisões de um casal. Detalhe: pra se desfazer de um casamento mal sucedido fica mais caro e dá mais trabalho do que vender e se desfazer de um carro de corrida.    É na separação que se descobre a roubada em que os homens se metem, face ao caráter e personalidade de cada um dos cônjuges.
02) Comprando um carro de corrida você vai usar pouco porque não temos no Brasil boas pistas e boas estradas compatíveis com a potência dessas máquinas. Por isso você logo vai enjoar dele e querer vendê-lo. Daí é que o bicho pega. Não haverá muitos interessados e o valor cairá para mais da metade do que se havia pago. Assim, além da decepção o prejuízo é inevitável. Diz um ditado popular que quando o cidadão compra um carro esportivo ou de corrida fórmula 1; compra um iate ou um sítio longínquo ele tem duas alegrias: Uma quando   compra    e   outra   quando consegue   vender.
03) Uma casa não é um lar (a house is not a home), mas poderá ser de inúmeras utilidades, inclusive servir como uma poupança que não dará nenhum prejuízo e nem trabalho na hora de vender. Eu sou escrevente de cartório de registro de imóveis há anos e não conheço nenhum caso em que o proprietário teve prejuízo com o seu imóvel. Você decide.
Conclusão.   Esse amigo optou pela primeira opção...  O   que   aconteceu?  Dá próxima vez escrevo o segundo capítulo.