AIS LÊIS SEXUÁ...- Cordel Matuto.
AIS LEIS SEXUÁ...
Literatura de Cordel
Autor: Bob Motta
D A D O S
D A
N E T
N A T A L – R N
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O sexo é um probrema,
de cunho inté curturá.
Arrecebí pura NET,
umas leis qui é de lascá.
In cordé, amostro agora,
puro mundão véio a fora,
essas “leis sexuá”.
No Líbano, uis hôme pode,
cum uis bicho bruto, transá.
Derna qui seja c’á fême;
mais cum uis macho; nem pensá.
Seja fraco ô seja forte,
a punição é a morte,
num adianta chorá.
Eu m’axtrêvo a cumentá:
Se aqui, essa moda pega,
no interiô nordestino,
era bem grande, a refrega.
Afrontando a naturêza,
ía sê uma belêza,
p’ruis namorado dais “jega”.
Lá no Bahrain, uis dotô,
tem uma ingrata sina.
Num pode oiá uis priquito,
dais muié nem dais minina.
É grande o seu aperrêio,
só pode oiá, c’um ispêio,
e só debaixo prá cima.
Pode inté butá a mão.
Quando no “izame”; é cumum.
Apaipá, fazendo o toque,
tombém num ai probrema aigum.
Cum o chêro, fazê carêta;
mais oiá prá “cara prêta” ?
Isso, de jeito ninhum.
Uis muçumano num pode,
oiá uis “tróço” duis difunto.
Uis cabra da funerára,
pode inté chegá junto.
Tem qui “o xinín ô o rolo”,
tá incuberto c’um tijôlo,
é êsse aí, o assunto.
Lá na Indonésia, a pena,
prá quem faiz masturbação,
eu lhe juro, meu leitô,
é a decapitação.
Pode trepá à vontade,
bem derna da puberdade,
Mais, “batê punhêta” ? Nãããão!
Tem muntos hôme, in Guam,
qui tem uma tarefa fela.
Tem qui tê munta sustança,
p’ruma tarefa daquela.
Viaja o país intêro,
de janêro a janêro,
discabaçando ais donzela.
Elas paga puro sexo,
aos hôme, a premêra vêiz.
Lá, muié num casa virge,
é improibido p’ru leis.
Digo nuis versos qui faço:
Moça qui inda tem cabaço,
num casa, juro a vocêis.
Muié traída in Hong Kong,
pode matá o marido.
Isso, na legalidade.
Só c’ás mão, é premitido.
In contra partida ao feito,
é morta de quaiqué jeito,
quando ela trai o marido.
A fazê um cumentáro,
eu quero me premití.
Se fôsse in nosso país,
eu digo, do Carirí;
ía tê munto, in verdade,
viúvo e viúva à vontade,
in nossa terra, o Brazí.
Tope Less in Liverpool,
é premitido mostrá.
Só nais vitrine dais loja,
de pêxíin ornamentá.
P’ru certo, num são chegado,
a êsse tão “bom bucado”,
qui imbeleza o litorá.
In Cali, lá na Colômbia,
muié, prá se “iniciá”,
só transa a premêra vêiz,
adispôi de se casá.
E a mãe, meu camarada,
da noiva, é obrigada,
ao “ato”, presenciá.
Tu já pensô, meu amigo,
essa moda no Brasil ?
Tezão do pobre do noivo ?
Ninguém sabe, ninguém viu.
Trepá c’á sogra assistindo ?
Nem morto, penso surrindo;
vai prá puta qui o pariu!
In Santa Cruz, na Bolívia,
tem ôta leis me intrigando.
O cabra cumendo a mãe,
e a fía dela isperando.
Parece uma coisa feia,
uma saindo da “pêia”,
e a ôta, na pêia, entrando.
In Maryland, camisinha,
tem a venda improibida.
Só in máquina daquela,
qui tombém vende bebida.
Aí sim, preséivativo,
tem o seu cumércio ativo,
prumode sê cunsumida.
Viva meu Brazí querido,
viva meu interiô.
Viva ais jumenta e ais quenga,
viva ais chifrêra, dotô.
Num me importo, na verdade,
cum a tá da legalidade;
bom mêrmo, é fazê amô!...
Autor: Roberto Coutinho da Motta
Pseudônimo Literário: Bob Motta
Da Academia de Trovas do RN.
Da União Brasileira de Trovadores-UBT-RN.
Do Inst. Hist. e Geog. do RN.
Da Com. Norte-Riograndense de Folclore.
Da União dos Cordelistas do RN-UNICODERN.
Da Ass. dos Poetas Populares do RN-AEPP.
Do Inst. Hist. e Geog. do Cariry-PB.
E-mail: bobmottapoeta@yahoo.com.br
Site: WWW.bobmottapoeta.com.br
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