EM AREIA BRANCA-RN- Causo Verídico - Matéria do Cantinho do Zé Povo - O Jornal de Hoje - Natal-RN-Ed. 11 Set. 2010
É, amigos (as)! Após aproximadamente oito anos, colocando ou tentando colocar um sorriso nos rostos de Vossas Insolenças, queridos leitores e leitoras do Cantinho do Zé Povo; ainda não tinha tido a honra que estou tendo agora; de ilustrar esse espaço de todos (as) vocês, homenageando a Cidade de Areia Branca-RN. E o faço em grande estilo, repassando-lhes um causo verídico, que me foi presenteado antes de ontem, pelo meu amigo PASTEL... PASTEL, eu tenho a honra e a felicidade de conhecer e privar de sua amizade, “há um bucado de janêro”... Conhecemo-nos quando da criação da Torcida Organizada do Alecrim F.C, a FERA-Fiéis Esmeraldinos Radicais, momento em que também conheci e passei a ser AMIGO do Professor Normando, Chico, Macedo (hoje meu colega da Academia de Trovas do RN) e inúmeros outros alecrinenses. E o peste do PASTEL, indivíduo de altíssima competência em tudo o que se propõe a fazer, qui nem eu; parece que tem um “imã” para atrair “MUNGANGAS, PRESEPADAS E OUTROS BICHOS” (Título do meu segundo livro, publicado em 1996), onde quer que êle esteja. Como esse causo, que êle presenciou “in loco”, que me passou na quinta feira próxima passada, enquanto conversávamos num dos Shoppings da Cidade. Como diria o saudoso Souza Silva, repórter da então Rádio Cabugí; “o causo é o seguinte: O preço da égua, custa cento e vinte”. Lái vai mexa! PASTEL, certa feita, ao longo de sua batalha pela vida, foi para a cidade de Areia Branca, para no porto de lá, fazer o curso de “Moço de Convés”, para trabalhar embarcado. E lá, conheceu tudo e todos, entre êles, “GIGLIÓLLA”, uma “menina” que era dono de um dos cabarés da cidade. O curso foi dado num navio sinalizador da Petrobrás, onde o comandante era uma espécie de “paizão” dos marinheiros e alunos do curso. O comandante, a exemplo da turma, gostava de ingerir a “marvada”; e numa sexta feira, final de tarde, começo de noite; convidou a turma para uma “peregrinação biritológica e prostibular”, pelos bares e cabarés da cidade. Mas se abancaram no BAR DO EDILSON, que ficava onde hoje é o prédio do Branco do Brasil. Começaram a biritar, “cunversá aritica”(jogar conversa fora), quando de repente, chegou um “véínho”, daqueles bem falante , querendo entrar na conversa, a fim de tomar uma; e ninguém lhe dava brecha. Até que o “véínho” tomou coragem e pediu para pagarem uma dose de cachaça para êle. O comandante falou:
- Eu vou apagar uma “meiota” prá você, mas saia da roda da gente.
Dito e feito! O “véinho” recebeu a cachaça, e ficou bebericando sozinho no velho balcão, mas de olho no que a “marujada” estava falando, de ouvidos bem abertos e esperando apenas e tão somente, uma oportunidade para entrar no papo, a essa altura, prá lá de gostoso. Nisso chega “GIGLIÓLLA”, um galegão “lazarino”, de seu metro e oitenta de altura, que com sua irreverência e frescura, animou o papo ainda mais. Tudo isso rolando e o “véínho” só esperando uma brecha, e nada da danada aparecer... De repente, o motorista do ônibus da Nordeste, que estava na mesa, inventou de provocar GIGLIÓLLA; e perguntou:
- Ô Gigliólla; me diga uma coisa; tu, cum essa arrumação toda, essa frescura, me responda, do fundo do seu coração, com toda sinceridade que tem; “tu é viado mêrmo ô se faiz de morto prá inrrabá o covêro” ?
Era a oportunidade qui o “véíin” tanto queria! Pinotando do balcão p’ru lado da mesa rodeada, vociferou:
- Vocêis pode inrrabá a puta qui pariu; eu mêrmo não!...
Deixou o resto da cachaça no balcão e danou-se no mundo.
O “véínho” era o coveiro do cemitério da cidade!...