ABC do eleitor

Boa tarde seu W.Pereira. Eu fiquei muitcho sastifeito dimais, do sinhô tê gostadu dos meu veusinho di cantoria. Si o sinhô quizé pubricá nas sua página, eu vô é gostá .

Intonces eu vô lhe mandá pra voça sinhoria, os veusos todu qui eu escrivi. Qui é assim.

A B C du eleitô

Di Zé Uóston, i acorrigido mais ô menus pelo seu Uilsom.

Se o distinto cidadão

Que também é eleitô

Que votá corretamente

Presta atenção por favô

Quando é tempo di eleição

Querendo ingana a gente

Aquelas mesma pessoa

Aparece sorridente

Fazeno as mesma promessa

Qui fizero no passado

Qui desta vez vai dá certo

Pode ficá discançadu

Só priciso do seu voto

Pra ficá tudo acertadu

Sô protetô dos humirde

Também dos necessitado

Ela chega perguntano

Como vai meu companhero

Venho trazê boas nova

E o fim do seu desispero

Sô candidato do povo

Conto contigo percero

Lhe trago uma camiseta

Com meu retrado estampado

E um boné do meu partido

Qui tem meu lema gravado

Eu sô padrinho dos pobre

Você e meu afilhado

Por mais qui seja precária

A sua situação

Diga a minha secretária

Qual a sua precisão.

Si é telha pro seu barraco

Ô si é piso pro seu chão

Si tá sem gás di cozinha

Hoji mesmo di tardinha

Mando trazê um bujão

E também arranjo imprego

Pra quem tá desempregado

Pois comigo é na fartura

Mando fazer dentadura

Pro eleitor desdentado.

Pois assim qui eu mi elegê

Vô acabá com miséria

Não preciso nem dizê

Qui comigo a coisa é séria.

Vô dá comida di graça

Pra toda a população

Ninguém mais vai precisá

Cultivá milho ô feijão

Eu vou buscá no estrangero

Mantimento di primeira

-Farinha, feijão di corda

carne seca i macacheira

Queijo di coalho da França

i outras mil iguarias

já fiz até aliança

com uma firma da Turquia

Pra mandar vinho i cerveja

Fumo di rolo i tecido

Cajuína i goiabada

Bota di couro curtido

E também mandei buscá

I já istá resolvido

Rapadura i tapioca

Vem dos Estadusunidus

O eleito fica olhanu

Com cara di paspalhão

I o candidato aproveita

Qui é pra deitá falação.

Descer o pau na conjuntura

Desanca a situação

Que a sua candidatura

Não vai tê corrupção

I qui vai guverná junto

Com toda a sociedade

Vamus vivê um era

Di paz i prosperidade

Vai logo ajuntando gente

Qui é pra vê o qui acontece

I us cabus eleitoral

Rapidamente aparece

Mais os parentis qui tem

Vai gritanu muito bem

I o povo grita também

I o pulítico agradece.

Mas ninguém intende nada

Do seu belo frasiado

É tanta prosopopeita

Qui deixa o cabra abestadu

Repitindo. Esse é o homi

Qui o povo ta presisanu

Conhece os ypicilonis

I outros considerandu.

Nu dia da votação

Toda a cidade festeja

É o candidato qui manda

Pagá churrasco i cerveja

Providencia transporte

Pra reuni sua turma

E manda seu empregadus

Fazerem boca di urna.

Mas logo depois de eleito

No mundo desaparece

E as promessas di campanha

Na mesma hora ele esquece

Nomeia seus assessoris

Cunhado, mulher e filha

Com a verba da prefeitura

Emprega toda a família

E ordena prus segurança

Fiqui na porta plantado

E si alguém mi procurá

Diga qui tô ocupado

Não quero vê pé rapado

Aqui no meu gabinete

I si alguém tentá entrá

Pode baixar o cacete.

Agora fique avisado

E avise os seus companheiro

O seu voto é seu tesouro

Vale mais do qui dinheiro

É o orgulho du povo,

É a arma do cidadão

Com ele você consegue

Mudar a situação

Aquele qui vende o voto

Não tem direito ô vontadi

Istá vendeno também

A sua diguinidade

Não vai podê reclamá

Escola pros seus mininus

Qui a verba da iducação

Já tomô outro destinu

E qui o posto di saúde

Não tem médico ô infermêro

E do remédio, até hoji

Ninguém sabe o paradeiro

E o dinheiro destinado

As obra i saniamento

Deve istá neste momento

Im algum banco istrangero

O desonesto conhece

O eleitorado qui tem

Quem negocia com ele

É desonesto também.

Zé Uóston

Wilson Pereira
Enviado por Wilson Pereira em 06/07/2010
Código do texto: T2361169