MAIS UMA DO GAGUINHO IREMAR...-Matéria do Cantinho do Zé Povo-O JORNAL DE HOJE-EDIÇÃO de 07 de fevereiro de 2009
Hoje o leitor vai ter que se contentar com essa estorinha, pequenina e eficiente que nem um comprimido prá dor de dente ou aquelas antiqüíssimas “Pílulas de Vida do Doutor Ross”, que tinham como slogan; “pequeninas, mas resolvem”!... E com a maioria dos personagens ainda vivos e batendo perna nesse mundão “adonde Deus butô nóis mode vivê e fazê presépe”...
Êita, Guarita véia de guerra e de munganga! Evoco aqui, o testemunho do meu querido amigo, o otorrinolaringologista (ô nome cumpricado da bichiga taboca...), Dr. Paulo Xavier Trindade, que na época, era apenas e tão somente Paulo Mago, que batia perna e desfrutava da liberdade juvenil na sua plenitude, por aquela beira de linha, em frente ao velho curtume, entre os portões da Base Naval de Natal e do Centro de Instruções Almirante Tamandaré-C.I.A.T. Pois bem, minha gente! Paulo Mago conhecia de tudo e de todos daquela redondeza, que era na mais pura acepção da palavra, um riquíssimo manancial de acontecências pitorescas, do moleque mais novo ao cabra mais velho, daquele tipo de velho que envelheceu o corpo, mas o espírito continua jovem e presepeiro. E com toda certeza, conhece Iremar, o gaguinho, filho do saudoso Zé Passos. Paulo tem um primo chamado Julimar, que tem o apelido de Chióla; filho de seu Lica Galo, seu tio. Chióla entrou nessa munganga de hoje, “de gaiato”, como Caim entrou na história da Bíblia, apenas para eu enfatisar o “quilate das mungangas”; e relatar que o mesmo certa feita entupiu a fechadura do escritório do curtume, com fezes humanas; com raiva do contador, seu Rodolfo, que na época não se chamava contador, mas de “guarda livros”...E como seu Rodolfo tinha verdadeiro ódio da meninada que corria de patinete feito com rodas de rolimã, soltava pião e gritava na calçada do curtume, mesmo debaixo da janela encostada ao birô onde êle, seu Rodolfo trabalhava, vivia enredando dos meninos aos seus pais, que na grande maioria, trabalhavam no curtume. E eu também era alvo desse “afeto” de seu Rodolfo, pois dava toda cobertura possível e imaginável à “mundiça” nas suas aprontações... E agora, vamos ao personagem principal da estória de hoje, o gaguinho Iremar, que nos seus quatorze anos de idade, era viciado, como todo e qualquer adolecente daquela época, a “butá cinco farizeu mode isfolá um judeu e obrigá êle a vomitá, aquilo qui num cumeu”(se masturbar). Hoje não; dos dez anos para a frente, o menino que não conhecer a “cara prêta” já é chamado de “atoleimado”, que segundo o meu PRESERVANDO O MATUTÊS, é o meio termo entre o fresco e o doido... E depois de muitos flagras que levou nessa “arrumação” lá nos banheiros do curtume, Iremar passou a “usar desse expediente” em sua própria casa. E numa tarde de sábado, depois do expediente, fomos pescar siri lá na beira da maré, às margens do velho Rio Potengí, e quando voltamos estava o maior bafafá lá na calçada. Bel, irmão de Iremar; era quem alardeava o fato, dizendo que Iremar foi “fazer a presepada” e simplesmente se esqueceu de passar o ferrolho na porta do banheiro. Sua mãe, escutando os gemidos e as palavras mal pronunciadas devido à gagueira do Iremar, chegou na porta do banheiro e escancarou de vez, pegando o pobre do gago no maior flagra, já “cum uis zóio apertado e trincando uis dente”... E como não tinha “nada que pudesse fazer para desfazer o que já estava feito”; o pobre do gago continuou na sua “função” e gritou:
- Mamamamamamamamããããããããeeeeeeeeee! Sasasasasasaiiiia dadadada frenfrente quiquiqui isssssso bobobobbota lonlonlongggggge quiquiqui sósósó a gôgôgôta seseseserena!!!!...