Ser cafajeste é...

Conseguir ser o melhor homem do mundo, em doses homeopáticas e constantes, intermediadas por ausências gigantescas sem motivo ou desculpa alguma que se preste.

Amar como ninguém jamais a amou, intenso e com ardor de paixão em dias de final dos tempos, e acender o cigarro e com as cinzas desaparecer no cinzeiro mais próximo.

Declarar seu amor verdadeiro e único, impar e soberano, a todas as mulheres que você incrivelmente, ama.

Não mentir jamais, se isso for necessário, desaparecer no mundo, apenas, omitir para não magoar, se mentir for necessário, desaparecer é inevitável.

Ser especialista em massagem, e depois de ensinar a amada os passos da arte, se esquecer completamente como se faz, ou somar a saúde repentina lesão por esforço repetitivo sem jamais ter repetido uma mulher se quer, quanto mais os mesmos movimentos.

Entender de moda feminina, perfumes, costumes, gostos e jeitos, e acreditem, não ser gay.

Descobrir sua alma gêmea nos olhos de todas as desconhecidas que puder, com a desculpa que certamente a alma é algo que se fragmenta e você quer sim montar um belo mosaico com seu par querido.

Se lembrar de todas as suas transas, sem exceção, e ser a criatura que engoliu o mestre no romance Casa Nova, e ter a certeza absoluta que quantidade não é importante, mas não se chega a qualidade sem inúmeros testes.

Ter boa estrutura intelectual, social e espiritual, saber a regra do discernimento e livre arbítrio, conhecer as regras da natureza e a lei do retorno, e mesmo assim, ignorar completamente qualquer questão destas na hora de fazer algo a favor do ser que mais ama, você mesmo.

Entender a matemática do universo, discursar com propriedade em assuntos como física quântica, propriedade intelectual, sensibilidade do mundo, evolução espiritual, e no fim das contas, não saber dividir a conta do restaurante acima da mesa, ou melhor, não somar valor algum que seja a você mesmo e ser mestre em subtrações alheias.

Dar valor extremo a todas as mulheres do mundo, entender que cada qual é especial e tem seu charme e individualidade única, tudo isto, antes de ter se relacionado com esta individua, que claro, depois de consumido o fato, passa a ser parte da sociedade, estatística e senso comum.

Saber a pegada certa na hora certa com a pessoa que requer aquela intensidade, compreender e entender o corpo feminino e suas necessidades, sentir antes mesmo de tocar a textura da pele da fêmea pretendida, e com ar de bom caçador, ser firme e ter atitude na empreitada de conquistar a mulher desejada.

Ser gentil, amável, delicado e doce, amigo e companheiro sempre que sua comodidade e interesse assim determinar.

Compreender a mulher como fêmea e ponto final. Bonitas, inteligentes, bem formadas, sucedidas, boa família, tradição ou outros adereços, são somente enfeites no pescoço que vai morder, mas claro, saber valorizar o esforço de evolução delas.

O bom cafajeste, ama as mulheres, em sua plenitude, corpo, olhar, voz, delicadeza e sentidos... fazer sexo para este homem é uma arte, e não só o gozar, presa pelo prazer da presa. Ao contrario, não passa de um cafajestesinho de décima categoria.

Ser homem nas horas que precisa, a seu favor, e um saco de batatas ou a sua escolha, um rato, no restante de seu tempo ocioso.

Saber contar aos amigos como ninguém, a transa da noite passada, poupando é claro as ainda casadas e as que ainda esta saindo, a ética é tudo.

Por fim, saber que um dia, um belo dia, a mulher amada ainda há de aparecer, e que neste dia, todo o resto será um simples grão de areia em toda a sua vida, e dali em diante, desaparecer diante desta mulher, com a certeza que ainda há muitos desertos a explorar neste mundo afora.

Este texto é somente uma brincadeira ao bom cafajeste ( não existe bom... mas bom assim, no que faz... ) , posso até dizer que me inspirei em meu lado, vejamos a palavra certa, obscuro... mas de forma alguma quero depreciar as mais belas criações divinas colocadas no mundo, as mulheres ( não consigo, estou praticando... ), tudo bem, tudo bem, é uma crônica e só. Prometo escrever sobre “ A “ cafajeste perfeita. No mais, respeito as mulheres e em meus textos sérios, mostro como valorizo o amor em nossas vidas.