Aos escritores, toda a minha afeição
Se não existissem escritores, seríamos seres sem memória, seres sem passado. Temos uma História na Terra porque alguém, em algum dia decidiu que valeria a pena contá-la. Valeria a pena, porque sua alma não era pequena e porque era detentor de uma missão epopeica, predestinada e antiga.
Sem escritores, não teríamos sido brindados com a sensibilidade humana que somente poderia ser traduzida em palavras, sequer teríamos os olhos marejados que um poema de amor nos desperta e jamais teríamos grandes mestres em quem pudéssemos nos espelhar a fim de alcançar o tom sublime dos sentidos com uma caneta e um papel.
Se os escritores abandonassem o nosso mundo, estaríamos na escuridão e carentes da energia literária que o coração humano anseia desde os primórdios, desde que começou a bater com a força vital que o corpo emana e precisa, nutrido de sonhos que somente se pode ler e de inenarráveis experiências cravadas no gesto escrito.
Criadores de tramas, personagens, mistérios e aventuras,
Seres de luz e sombra, de potência e melancolia,
A minha mais sincera expressão é homenageá-los hoje e por toda a minha vida, suas sentenças são precisamente emocionantes, suas orações são na verdade rezas pela esperança humana, e o seu período é para todo o sempre e suas f(r)ases imortais.
Poetas, cronistas, contadores, contistas, biógrafos, articulistas
narradores, pensadores, trovadores, rondelistas, sonetistas
musicistas, resenhistas, cordelistas, roteiristas, enfim… artistas
mas há também os gramáticos e linguistas… sorte que temos humoristas
A vocês, que pensam a vida com palavras, que capturam em frases o encanto de um olhar, que escrevem com a verdade e que lapidam com constância e amor o dom valioso e por vezes incompreendido, o meu mais caro sentimento e a mais desmedida gratidão.