MEU NOBRE ARTUR

MEU NOBRE ARTUR

 

Certo dia, no Portal do sertão,

Vi um homem de grande destemor,

Era um sujeito de bom coração,

E eu sei do seu grande valor.

 

Como na mitologia anglo-saxã,

Com a távola redonda de Arthur,

Aqui, a Bahia liberta a manhã,

E tem outro Artur cá no Sul.

 

Ele chegou em novo grupo,

Agregando vontade e força,

Mas também seu ser adulto,

Que viu ser frágil a louça.

 

Quem já tinha sido de choque,

E trazia a certeza ancestral,

Soube nos dar como estoque,

A virtude e a paz principal.

 

Esse foi o Artur de nossa Feira,

Com seu olhar para toda Bahia,

Vigiando as vias na hora primeira,

E trazendo amparo na anarquia.

 

Quem está absorto no caminho,

Pode até mesmo se acidentar,

Mas se tem a cura ou espinho,

Só uma mão certa é que dirá.

 

Mas há dia e hora pra tudo,

E até mesmo Artur sucumba,

Mesmo sendo esse absurdo,

A realidade que nos abunda.

 

Então, o que dizer na tristeza,

Senão, que estamos estupefatos,

Por não desejarmos essa certeza,

Que é o fim da estrada de fato.

 

Sossegue, meu nobre Artur!

Que a festa tem hora marcada,

E que lá no Cruzeiro do Sul,

As estrelas são nossa parada.