TRIBUTO A LUIZ GONZAGA
Gosto muito de Luiz, e de Gonzaga muito mais. Reuni em poesia, algumas das tantas musicas gravadas pelo Rei do Baião
Pra matar minha saudade, vou pedir um 3x4 pra Marilu, pra lembrar A canção do Carteiro, onde A Carta retrata A Cheia de 24, Nesse dia teve uma festa e A Dança da Moda, era A Dança do Nicodemos, lembrei A Feira de Caruaru comemorando A Festa do Milho. A Letra I da questão, foi A Ligeira, tristeza, como se descrevesse A Morte do Meu Avô, ou ainda A Morte do Vaqueiro, onde A Mulher do patrão chorava junto com A Mulher do Sanfoneiro.
Era A Noite de São João, A Nova Jerusalém do sertão, numa grande disputa que parecia A Peleja do Gonzagão x Téo Azevedo.
A Puxada de pescador com A Rede Véia, trouxe muitos peixes, que com o peso se partiu. Ai eu pude ver que A Sorte é Cega, os peixes nessa Triste Partida escaparam.
A Vida de Viajante é sofrida, feito A Volta da Asa Branca pelo ar do ABC do Sertão num Aboio Apaixonado, levando Acácia amarela no bico do Acauã.
Lá no meu sertão, Acordo as Quatro da Manhã, sentindo a Açucena Cheirosa lembrando-me o Adeus a Januário. Refletiu-me varias despedidas como: Adeus Irecema, Adeus Pernambuco, Adeus Rio de Janeiro, Ai amor, Ai Tem no coração a Alegria de Pé de Serra como Flores de Algodão.
A Alma do Sertão na Alvorada da Paz, soa como Alvorada Nordestina dizendo-me Amanhã Eu vou. Não Amei a toa Amigo Velho, pois o Amor da Minha Vida, é o Amor que não Chora e é esse amor que dedico a Ana Rosa.
Faço Apelo ao Soberano, sobre a Apologia Ao Jumento, Pois O Jumento é nosso Irmão, Aproveita Gente, Aproveita Xará vamos pintar uma Aquarela Nordestina e fazer Aquilo Bom, Aquilo sim, Que Vidão.
Ao Lembrar de Arco Verde meu pedaço de céu no pé de Aroeira, onde As Noites de Junho de Antigamente, na Asa Branca, nas Asas da ilusão, Assum Preto ouve ao longe a Ave Maria Sertaneja, a qual me comove o coração. Eu gosto de todo tipo de Baião e conheço todos eles. Quer ver?
Baião Agrário, Baião da garoa, Baião da Penha, Baião de Dois, Baião de São Sebastião, Baião dos Namorados, Baião Gran Fino.
Vou encher um Balaio, mas não quero um qualquer. Quero Balaio do Veremundo, e pedir pra Beata mocinha: Balance eu, como um Balanço do calango. Ai eu vejo que você Balança rede, onde repouso numa Baldrama macia, fazendo Bamboleado, ouvindo uma Bandinha de fé. Bença mãe é como se eu dissese: Bié Bié Brasil, e no chamar do taxista usando Bandeira dois, Faço uma afirmação: Bicho, eu vou voltar e vou brincar de Boca de forno lá em Bodocongó, e de Boi Bumbá, como se eu fosse Boiadeiro. Ai seria Bom pra eu ou Bom Pra uns. Talvez, lá em Boca de Caieira cavasse um Buraco de Tatu bem fundo, e achasse uma Braia Dengosa, que não me deixasse de Cabeça inchada, Cabocleando esse Caboclo nordestino, Cabra da peste, vindo de Cacimba Nova, que gosta de tomar Café, debaixo dum Cajueiro Velho, mais esperto do que Calango de Lacraia, quando encontra os Caminhos do coração nas terra.de Canaã, onde Cantei Cantiga de vem-vem, feito um Cantarino, Pois o Canto do povo, é um Canto sem Protesto e é forte igual Canto do Sabiá, quando mastiga Capim Novo.
Na Capital do Agreste, o Capitão Jagunço, é um Carapeba que mora em Casa de Caboclo, depois de ter um Casamento atrapaiado, mudou-se e nem mandou ou recebeu um Cartão de natal.
Se me chamam pra tomar uma lapada, eu já vou dizendo: Cana só de Pernambuco e se eu ficar de fogo, monto meu Cavalo Crioulo, que foi herança do Cego Aderaldo, quando junto com ele tomei Chá de Cutuba, onde, como agradecimento, lhe dei um Chapéu de couro e Gratidão, que ganhei de Chico Valente, um antigo Chofer de Praça, cheio de Choromingó, com cara de Chuculatera, esse pobre Cidadão que me foi apresentado pelo meu compadre Lucio Barbosa, um Cidadão de Caruaru, pense num Cidadão Sertanejo que gostava de pitar um Cigarro de Palha, e fazia questão de namorar moças que tivesse Cintura Fina. Eita cabra Cirandeiro que sonhava conhecer Cocotá e dançar um Coco Xerém. Se eu pudesse, Começaria tudo outra vez, fazia Comício no Mato, em Contrastes de Varzea Alegre, com aquelas Conversa de Barbeiro, que deixa o Coração Molim, como dizia Coronel Pedro do Norte, quando fazia Corrida de Mourão no seu sitio em Corridinho Canindé.
Ainda posso ver as moças Cortando pano naquele lindo Crepúsculo sertanejo, ouvindo Creusa Morena dizer: Dá Licença pra mais um, pois isso aqui Tá danado de bom. Ela gostava da Dança do Capilé e ainda incentiva sua amiga dizendo: Dança Mariquinha, Daquele Jeito, De Fiá pavi como dançou De Juazeiro a Crato, De olho no candeeiro até o romper da aurora.
Numa viagem que fiz De Teresina a São Luís, Meu Dedo Mindinho ainda doi de tanto tocar Deixa a tanga voar. Era um Dengo maior, Depois da Derradeira, quando Derramaro o gái e o gaiato ainda gritou Desse Jeito Sim.
Pra chegar nesse forró, caminhei Dezessete légua e meia e gastei Dezessete e setecentos, no Dia de São João, que estava guardando para o presente do Dia dos Pais.
O Homem Diz que vai Virar, Do Lado que Relampeia uma chuva muito forte e a coisa vai ficar feia.
Peguei meu Documento De Matuto, e fui ver Dona Vera Tricotando, com o Doutor do Baião (Humberto Teixeira). E, Sem Querer, fui Engabelando no Engenho Massangana, pelo caminho da Erosão no sertão, onde nasce Erva Rasteira e eu grito pro vento: Espere por Mim.
Segui pela Estrada de Canindé, admirando a Estrela De Ouro cantada por um Eterno Cantador. Eu e Meu Fole que prefiro chamar: Eu e Minha Branca, Eu me Enrabicho em dividas e ainda canto: Eu sou do Banco. Mesmo assim, Eu Vou Cortando estrada, Eu Vou Pro Crato, dizendo pra quem fica me cobrando: Faça Isso não, vejam se Facilita a minha Farinhada, Faz Força Zé, senão vou viver a vida comendo Feijão Cum Côve.
Vou lá na Feira de Gado, fazer uma grande Festa. Uma Festa de Santo Antonio, tipo Festa Napolitana, que mais parece uma Festa no Céu. Quem não gosta dessas coisas simples do meu sertão, Fica Mal Com Deus e não adianta fazer Firim Firim Firim se achando uma Flor de Lírio quando Pega Fogo do Paraná, ouvindo a Fogo Pagou, feito Fogo Sem Fuzil, quente igual a Fogueira de São João, num Fole Danado, Fole Gemedor no Forró da Miadeira, feito Forró das Crianças.
Não aquele Forró de Cabo a Rabo, que se faz lá no Forró de Caruaru, no meu querido Pernambuco, onde a gente se encontra pra fazer festança no Forró de Mané Vito. E não tem festança mais gostosa do que o Forró de Ouricuri, ou o Forró de Pedro Chaves. Existe muita manifestação popular em minha terra. Tem o Forró de Zé do Baile, Forró de Zé Tatu, Forró do Bom, Forró do Zé Antão, Forró do Zé Buchudo, Forró Fungado, tem o Forró Gostoso, Forró no Escuro tem o famoso Forró no Interior (que é o Furum Furum Furum), o Forró Numero 1 e o Forronerão.
Peço ao Frei Damião que o caboclo para de jogar Frescobol dando uma de From United States Of Piaui, e dê mais valor aos Frutos da Terra, que tem cheiro de Fulô da Maravilha.
Vou Comer Galo Garnizé feito Garimpeiro Sonhador abraçando sua Garota Todeschini miando feito Gato Angorá. Vou vestir meu Gibão de Couro, ficar parecendo um Guerreiro Menino e vou fazer minha Homenagem a Zé Dantas na Hora do Adeus, onde o sonho Imbalança de Forma Indiferente.
Já Era Tempo de dizer: Já vou Mãe, a benção seu Januário. Mas perai Januário vai Tocar no Jardim da Saudade um canto para Jesus Sertanejo, pra matar a saudade de Juazeiro, ver o velho Juca e dona Juvina mãe de Carolina, mas Karolina com K.
La vai Pitomba Ladrão de Bode, tá pensando o que? Lampião Era Besta não. Um dia, Lampião Falou alto Lascando o cano nessa Légua Tirana, como se fosse Lembrança de Primavera, remoçando as Lendas de São João e sempre dizia: Lenha verde não pega fogo. Ele sempre usando o seu Linforme Instravagante de cangaceiro, pra se exibir pra sua Linda Brejera com sua Lorota Boa.
Se Lampião fosse mais devoto, talvez fizesse uma Louvação a João XXIII, pois ele sempre vivia no Luar do sertão. Lula Meu Filho, disse que viu o Lulu Vaqueiro falando de ir pra Macapá, mas antes visitaria Maceió. Fico a Imaginar: Sendo Luiz o Rei do Baião, quem seria a Madame do Baião?
A Colheita é boa, já Madruceu o Milho, lá embaixo na Malhada dos Bois, o povo tá reunido assistindo o Mamulengo de Manduquinha. Mané e Zabé, e também Mané Gambá ir pra vieram de Mangaratiba pra ir até a Fazenda Rancho Alegre conhecer Manoelito Cidadão. Vai ter muita animação por lá como se fosse Marabaixo, onde depois farão a Marcha da Petrobras. Quer saber quem vai pra lá? Mariá, Maria Baiana, Maria Cangaceira, Mariana da Fazenda Marimbondo, onde mora Augustinho o Matuto Aperreado, mas é Matuto de Opinião quando dança Mazurca.
Eu Me Abufelo quando sou chamado de Menestrel do Sol, acho mais bonito quando dizem: Lá vem o Menino de Braçanã. Sinto saudades do Meu Araripe, pilotar Meu Chevrolet, pitar Meu Cigarro de Palha, prensado no Meu Dedo Mindinho. Meu Padrim proteja Meu Pajeú, pois ela é Minha Fulô, minha Moça de Feira. Vou cantar a Moda da Mula Preta, pois esta menina é como se fosse minha Moela e Coração, Minha Morena Bela, Morena Cor de Canela, Moreninha Tentação minha Motivação Nordestina ela é a Mulher de Hoje Na Cabana do Rei. Na Emenda dos meus versos vou mergulhar Na Lagoa do Amor e dizer pra ela: Ta vendo esse coração? Não Bate Nele pois você está aqui dentro. Um compadre meu me disse: Não é só na Paraíba Que tem Zé. Para mim Não Foi Surpresa, pois as minhas ideias, Não Vendo Nem Troco.
Nega Zefa foi-se embora e Nem se despediu de Mim. Nessa Estrada da Vida, a gente as vezes fica só, como se estivesse No Canto do Salão. Mas No Ceará não tem Disso Não. No Dia em que Eu vim Embora, deixei saudades No Meu Pé de Serra, passei No Piancó, memorizei Noites Brasileiras e vi o Nordeste pra frente, pois já foi um Nordeste Sangrento Nos Cafundó de Bodocó onde dancei Numa Sala de Reboco.
Quando sai de lá, Nunca mais vi Esperança, e o Adeus da Asa Branca foi um Tributo a Humberto Teixeira. Pois ele era O Andarilho dos versos. Mesmo assim, O Baião Vai, pois O Bom Improvisador torna-se O Caçador, ou O Cantador de tantos sonhos.
O Casamento da Rosa, tinha O Cheiro de Carolina e O Coreto da Pracinha era nosso local de encontro, onde as vezes O Delegado no Coco, impedia da gente se agarrar. Mas O Festão foi bonito, O Fole Roncou que todo O Homem da Terra sendo O Maior Tocador, não sabia executar O Mangangá. Mas foi O Milagre de Santa Luzia que criou O Mote (Maquinista e Sacristão). As historias narradas por aqui contam que O Papa e o jegue seguem O Passo da Rancheira, e O Resto a gente Ajeita, pois numa festa animada, O Tocador quer Beber. O Torrado que cheirei ontem, não se compara com O Torrado da Lili.
O Urubu é um Triste mas não é solitário. O Véio Macho não aguentou O Xamego da Guiomar, foi se meter a Dançar O Xote das Meninas e quase morreu.
Quando eu disse Obrigado João Paulo queria ter dito, Obrigado Seu Vigário, Óia Eu aqui de novo, fazendo minhas continhas tipo assim: Oito e Dois Dez.
Olha a Pisada, Olha pro Céu Onde o Nordeste Garoa, viu Orélia? Os Bacamarteiros são Os Olhinhos do Menino.
Alcancei um tempo em que se dizia: Ou Casa ou Morre ou Outro Amanhã Será igual um Ovo Azul difícil de se ver.
Uns preferem O Padre Sertanejo, outros, a Padroeira do Brasil outros dançam ao som do Pagode Russo, outros rezam o Pai Nosso, alguns dizem: Ele é Pão Duro, e não é da Paraiba. Parece um Paraxaxá ou um Pássaro Carão.
E assim, levo a vida num Passo de Pinguim, pois Passo fome mas não deixo, de lembrar do velho Pau de Arara, ou do Pau de sebo nas Festanças em Paulo Afonso ali pertinho quase num Pedaço de Alagoas.
Farei um Pedido A São João e não vou arrancar Penas de Tiê pra que voce Pense N’eu, nem que seja vez em quando, pois minha saudade é Perpétua. Será que Rosinha Penerou Xerem? Com aquele jeito e sotaque de Paraiba masculina no meio dos frouxos eu não duvido é nada.
Quando eu voltar a nossa bela Pesqueira Centenária, passarei também por Petrolina e Juazeiro, até cruzar o Piauí e fazer um Piriri danado, igual Pisa no Pilão que fará me lembrar o Plano Piloto da nossa capital federal. Sá Marica aprendeu dançar Xote das meninas numa Casa de reboco. Quando fiz A triste partida pensei: Minha vida é andar por este país, pois eu queria ter Vida de viajante mesmo que eu sentisse saudades, dessas que amarga Qui nem giló plantado la No meu pé de serra, onde vejo minha vida voando como uma sabiá que faz seu ninho perto do riacho do navio.
SE VOCE NÃO SABIA, AGORA VOCE JA SABE VÁRIOS TITULOS DE MUSICAS GRAVAS POR LUIZ GONZAGA.