VEM MARÍLIA, VAI MARÍLIA!

VEM MARÍLIA, VAI MARÍLIA!

 

Eu já quis reler Marília,

Passando até em Dirceu,

Andando por cada Marília,

Em tempos de Ateneu.

 

Mas hoje se foi Marília,

No vento que aqueceu,

Foi Goiás e foi família,

E na viagem aconteceu.

 

Sertanejos ou sofrência,

Todos vão lembrar agora,

Pois Marília é referência,

Que sua voz já me afoga.

 

Vejo em cada passarinho,

Vida frágil a nos deixar,

Pois o voo tem caminhos,

Que nem posso imaginar.

 

Uns conseguem decolar,

Outros vão pelo arrasto,

Mas eu quero é lamentar,

A surpresa por que passo.

 

Durmo um dia a sonhar,

Mas no outro é pesadelo,

Pois o Sol que aí está,

Vive sem o meu conselho.

 

Cada vida em todo bar,

Vai chorar de desespero,

Ao sofrer e não curar,

Toda dor e desmantelo.

 

E a lembrança vai chamar,

Meus poemas a lhes dizer,

Que não posso reclamar,

Do destino só vencer.

 

Ó Marília, venha hoje,

Adornar meu roseiral,

Vá nos palcos aquecer,

Este sonho sem igual.