Ôô, sofrência!
Por aqui canta um sabiá,
Inspirando-me,
Escrever essa porcaria,
Agora,
Sem tomar fôlego,
Antes que Eu esqueça,
Já.
Uai sô, num sei por mode de que tanta folia,
Tanto choramingado,
se a heroína que faleceu semana passada, a mãe de leite, num conhecia.
É uma singela senhora que sobrevive de tesouras, linhas, agulhas e tecidos; e conforme dito por Ela, queria muito ver e ouvir a voz da fia cantando Infiel, música escrita especialmente, para àqueles que juram na frente do santo Padre que será até que a morte os separe,
adoradores assinando planos de papel.
Ocê num viu isso? Uai, sô; por estar na cara, o essencial é invisível aos olhos. Porém, dos sensíveis de coração, arrancam lágrimas,
Embargando a fala!
Paro por aqui...;
Mas de antemão digo:
Calejo as palavras,
Não me calo.
P.S.: "eu prefiro um galope soberano que a loucura do mundo me entregar". Zé da Paraíba Ramalho.
Poucos, um ou outro, reflete e muda sua postura vivencial, torna-se, diferentemente, humano, diante das verdades cuspidas em sua cara.
É mais fácil viver sob as aparências da hipócrita padronização social, que se expor ao ridículo.