Ôô, sofrência!

Por aqui canta um sabiá,

Inspirando-me,

Escrever essa porcaria,

Agora,

Sem tomar fôlego,

Antes que Eu esqueça,

Já.

Uai sô, num sei por mode de que tanta folia,

Tanto choramingado,

se a heroína que faleceu semana passada, a mãe de leite, num conhecia.

É uma singela senhora que sobrevive de tesouras, linhas, agulhas e tecidos; e conforme dito por Ela, queria muito ver e ouvir a voz da fia cantando Infiel, música escrita especialmente, para àqueles que juram na frente do santo Padre que será até que a morte os separe,

adoradores assinando planos de papel.

Ocê num viu isso? Uai, sô; por estar na cara, o essencial é invisível aos olhos. Porém, dos sensíveis de coração, arrancam lágrimas,

Embargando a fala!

Paro por aqui...;

Mas de antemão digo:

Calejo as palavras,

Não me calo.

P.S.: "eu prefiro um galope soberano que a loucura do mundo me entregar". Zé da Paraíba Ramalho.

Poucos, um ou outro, reflete e muda sua postura vivencial, torna-se, diferentemente, humano, diante das verdades cuspidas em sua cara.

É mais fácil viver sob as aparências da hipócrita padronização social, que se expor ao ridículo.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 09/11/2021
Reeditado em 09/11/2021
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