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Detrás das montanhas
"É preciso transver o mundo..."
Com esses dizeres de Manoel de Barros, sinalizando-nos que a poesia está na transformação, no sentir e não carece de explicação, fico a pensar nos artistas de nosso país, em dias atuais, tão menosprezados. Órfãos ficamos todos nós, há que se ter cuidado! Contradizendo os tempos modernos, ainda uso forrinhos de chita em casa. Partindo do gosto que tenho por essas estampas , não poderia deixar de contemplar as obras de um grande artista mineiro, Gildásio Jardim, do Vale do Jequitinhonha. Gildásio é um daqueles artistas natos, cresceu junto aos pais na zona rural, convivendo com a sabedoria do homem do campo. Em tenra idade, as primeiras telas , riscadas após as chuvas por sua vasta imaginação, foram as estradas de terra. Não havendo recursos financeiros para comprar os materiais, habilidoso que é , teve que se virar, fazer experiências com as tintas que encontrava pela cidade. Criador de uma nova técnica de pintura, confeccionada com tecidos estampados, as belíssimas cenas do cotidiano da cultura popular de Minas e do Nordeste brasileiro expandem-se nas chitas para as telas do Brasil e mundo afora.
Disse Gildásio:
(...)
"-Na verdade, esse tecido era sinônimo de pobreza, contudo era uma coisa muito bonita, que me remete à alegria e à simplicidade de minha gente, que tem como principal característica a afetividade."
Tecidos finos vestem uma minoria da nação tupiniquim , a chita vinda da Índia medieval, acaricia nossa gente tal qual a leveza do cetim: azul, rosa ou carmim...
Detrás das montanhas de Carolina Maria de Jesus, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Rubem Alves, Fernando Sabino, há também Gildásio, de sobrenome Jardim. Poesia em tecido, eu nunca havia lido assim...
Minha admiração e meu respeito a todos os artistas do Monte Caburaí ao Chuí, aplaudindo-os efusivamente, fico por aqui...
Com esses dizeres de Manoel de Barros, sinalizando-nos que a poesia está na transformação, no sentir e não carece de explicação, fico a pensar nos artistas de nosso país, em dias atuais, tão menosprezados. Órfãos ficamos todos nós, há que se ter cuidado! Contradizendo os tempos modernos, ainda uso forrinhos de chita em casa. Partindo do gosto que tenho por essas estampas , não poderia deixar de contemplar as obras de um grande artista mineiro, Gildásio Jardim, do Vale do Jequitinhonha. Gildásio é um daqueles artistas natos, cresceu junto aos pais na zona rural, convivendo com a sabedoria do homem do campo. Em tenra idade, as primeiras telas , riscadas após as chuvas por sua vasta imaginação, foram as estradas de terra. Não havendo recursos financeiros para comprar os materiais, habilidoso que é , teve que se virar, fazer experiências com as tintas que encontrava pela cidade. Criador de uma nova técnica de pintura, confeccionada com tecidos estampados, as belíssimas cenas do cotidiano da cultura popular de Minas e do Nordeste brasileiro expandem-se nas chitas para as telas do Brasil e mundo afora.
Disse Gildásio:
(...)
"-Na verdade, esse tecido era sinônimo de pobreza, contudo era uma coisa muito bonita, que me remete à alegria e à simplicidade de minha gente, que tem como principal característica a afetividade."
Tecidos finos vestem uma minoria da nação tupiniquim , a chita vinda da Índia medieval, acaricia nossa gente tal qual a leveza do cetim: azul, rosa ou carmim...
Detrás das montanhas de Carolina Maria de Jesus, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Rubem Alves, Fernando Sabino, há também Gildásio, de sobrenome Jardim. Poesia em tecido, eu nunca havia lido assim...
Minha admiração e meu respeito a todos os artistas do Monte Caburaí ao Chuí, aplaudindo-os efusivamente, fico por aqui...