AO CIRCO REAL PLANETA
*Luzes de vida*
A lona envolta em tristeza, cobre apenas o chão sem tantos passos, a não ser daqueles que fazem parte da companhia circense. O mastro, não esboça nenhum sentimento, pois não tem tanto motivo para se sentir feliz.
O picadeiro é só um espaço de lembrança.
O palco sente a falta dos seus números apresentados naquele tablado de sonhos.
Não existe plateia, o palhaço não tem a alegria de outrora e em nada se inspira, pois a sua alma chora num lamento tão introspectivo, que a sua dor chega ser maior que a de todos.
O trapézio está preso à corda, que não o deixa mais bailar solto ao vento.
O olhar do velho e tão experiente chefe daquelas famílias, passeia no vazio do pensar, lacrimejando em saudades o que somente ele sente em seu coração.
Num gesto de esperança agigantada, balbucia ao vento: Isso tudo há de passar.
Não há mais o riso do público pois também o público, já não existe mais.
Restou o silêncio,o vazio e a dor da mais profunda solidão.
Como viver sem arte, sem o brilho das luzes a iluminar a vida do circo?
Como explicar para as crianças, pros jovens e adultos que hoje NAO TEM ESPETÁCULO?
Não tem mais riso, pois restou somente dúvidas em forma tão incerta agarrando-se a uma esperança de que tudo volte a ser como um dia foi.
Acredito que a velha lona que serve de teto, se pudesse falar, talvez dissesse assim: Volte alegria, pois estamos com saudades e não sei até onde eu posso suportar a dor da lágrima que teima me entristecer.
*O CIRCO REAL PLANETA*, é um universo de sonhos, de risos e de vozes que ecoam embaixo da lona, mas que espera muito em breve poder gritar para que toda cidade ouça alguém anunciar em alto e bom som: *SIM! HOJE TEM ESPETÁCULO.*
Carlos Silva
Poeta cantador.
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