PAI, JARDIM E CORES

PAI, JARDIM E CORES

Nesse dia de Pai,
Nem sei mais quem sou,
E meu semblante decai,
Pois não sei aonde vou.

E as figuras de Pai,
São arquétipos belos,
Mas o que vejo me trai,
Se há pais de flagelos.

Junto às mães há os pais,
Que são colos sinceros,
Mas a essência se esvai,
Quando há cartas sem selos.

Pois não serão postadas,
Mas deixadas escondidas,
Num baú sob a escada,
Que não mostra as saídas.

Então, mapeiem os caminhos,
Desfolhem as ruas e pistas,
Plantando o jardim dos artistas,
Com flores e sem espinhos.

Saiam de estreitas vielas,
Andem pelas alamedas,
Que sejam como aquarelas,
De cores, flores… gametas.

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