Homenagem ao dia 14
Ela estava só.
E tinha sol nas tranças
Sempre amiga
Sempre pronta ao tato dos meus sonhos
Nascida de uma areia que caiu no fundo dos meus olhos.
Ela quando quieta, tinha a lua na fronte.
Ferido na ponta do pio dos pássaros
Olhei em volta
Havia uma história por fazer-se e dois pés.
Estava amiga. A docilidade ao longo das coxas.
Então
nem bem nasceu a estrela que eu queria
vi que havia um dia dentro dela.
Tudo tão claro em toda parte
um tal vôo de séculos nos séculos
que a amiga deitou numa nuvem
e se foi...
Enquanto eu louco escutava Baudelaire:
"Amo as nuvens que passam... passam lá longe..."
(Saudades eternas... de ti Malú)
T@CITO/XANADU