Feliz Aniversário, meu filho Rafael Mota Felinto!

No dia 10 de maio de 1985, um anjinho escorregou do céu diretamente para os meus braços. Não me importei com a presença do médico ou dos assistentes - durante o processo do nascimento orei o tempo todo, em voz baixa, para que aquele pequenino ser fosse um grande valor para a Paz Mundial. Uma Felicidade incalculável e indescritível fazia o meu corpo estremecer por inteiro. Escutei o primeiro vagido e abracei-o pela primeira vez. Todas as emoções possíveis, em tão poucos minutos! Levaram-no de mim e, somente então, adormeci...

No dia seguinte, todas as mamães estavam com os seus filhinhos. Eu, não. Ah! Como foi difícil e dramático saber que um grave problema respiratório ameaçava o meu botão de amor recém-chegado! Nos curtos momentos em que me permitiram estar ao seu lado, com toda a Fé que permeava a minh'alma, recitei o Nam-Myoho-Rengue-Kyo, através de uma pequena fenda da incubadora neonatal que o separava dos meus braços. E, foi então, que uma força estranha - aquela força que somente as mães encontram nos momentos de desespero - me fez continuar em oração dia e noite, sem parar, sob o desafio de que você retornaria para os meus braços até o Dia das Mães... E, assim foi... os dias não foram dias e as noites não foram noites, porque tudo se denominava Fé e Esperança!

No dia 12 de maio, recebi a notícia de que o teria nos braços. Era o Dia das Mães! O pequeno sábio - meu filhinho querido - sobrevivera, para me encantar com os seus olhinhos quase verdes, os cabelinhos negros e uma ternura sem par... Agradeci aos deuses budistas, a boa sorte de tê-lo junto ao peito, e, mais uma vez, balbuciei o mantra da minha Fé aos seus ouvidos, bem baixinho, como se fosse uma canção de ninar, para que as forças positivas da Natureza penetrassem a essência da sua vida e ali permanecessem...
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Você cresceu e, ainda hoje, continua a encantar os meus dias. Desbravou horizontes, por esforço próprio. A cada desafio, uma vitória! Sinto orgulho do belo e saudável homem, sempre menino para o meu coração. Eu, o seu pai e os seus irmãos, reconhecemos em você um homem, que, para muito além de ser belo, é sábio, e respeitamos muito a sua trajetória de vida. Amamos você, meu filho querido! Feliz Aniversário e muitos e muitos anos de Vida! Saúde, Amor e Paz! Parabéns e Felicidades, sempre!
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Na primeira foto, ainda pequenino, você em oração.
A segunda, nossa última foto, antes da sua viagem para a Holanda. Saudades...

Piquete, 10 de maio de 2020
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 10/05/2020
Reeditado em 10/05/2020
Código do texto: T6943639
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