As Nuvens de Algodão, Azulay, não Estão!
Se as Estrelas, o Sol, a Lua, o Oxigênio os ruídos das Águas e os pássaros lhe oferecer carona na cauda dos Ventos, não hesite e nem se sinta oportunista em aceitar.
Felizes os que fazem de seu cotidiano, poesia e latumias, é sinal que a mesa está farta e o pote de barro cheio de água; porque em certos recantos, cito a África do Gabão, da Zâmbia, Etiópia, Timor Leste, ou do outro lado do muro, na Bolívia, Venezuela, Paraguai, Porto Rico entre tantos, a fome e a miséria aniquilaram a esperança e como consequência, silenciaram as almas.
Por lá, o quadro emoldurado com ossos e desilusão, é pintado pelo artista com sangue ralo descorado. Bem, por sorte e hedonismo humano, em outros tempos, existiram outras Inteligências Intuitivas em outros cantos. Um pouco sobre uma delas.
Daniel Azulay: Autodidata e engajado em causa sociais Nascido no Rio em 30 de maio de 1947, Azulay foi um desenhista autodidata que se formou em Direito pela Universidade Cândido Mendes em 1969. Na mesma época, começou a publicar suas primeiras histórias em quadrinhos e cartuns em revistas e jornais.
O trabalho de Daniel também ensinava a importância de conceitos como sustentabilidade e meio ambiente. Ao longo da carreira, o artista também se envolveu em vários projetos sociais e de conscientização. Por exemplo, em 2014 Azulay criou "Soprinho e sua Turma", personagens infantis da Operação Lei Seca do RJ.
O personagem Soprinho idealizado pelo desenhista é um bafômetro simpático e falante que, através de histórias bem-humoradas ao lado de seus amigos, alerta e conscientiza as crianças sobre os problemas causados pela mistura de álcool e direção. Até hoje, estes personagens são usados em ações educativas da Lei Seca para o público infantil.
Naquela época, porém, o mundo me parecia cheio de estórias e contas. Também havia a matemática nos traços geométricos desenhados com ciência, carinho, perfeição e paciência pelo céu azulado em nuvens sorridentes de algodão doce, fantasias do Castelo Ra-tim-bum.
O Mestre, ou o Professor dos traços livres dobrava sobre a prancheta, fitava o horizonte e imaginava o avião de papel cruzando as morrarias. Embaixo, as casinhas com fumaças nas chaminés, árvores, flores e pássaros acenando o adeus.
À frente de seu tempo, indiferente de cor, credo e poder aquisitivo, Azulay brincava de unir as crianças em uma só corrente; e uma das maneiras didática/educacional usada por Ele, era através da Educação Ambiental, iniciando pela reciclagem de materiais, prioritariamente, os plásticos.
Em tudo, o Professor priorizava a magia, o entendimento
e a educação infantil; pois acreditava que a arte criativa do fazer em conjunto quando criança, contribuiria para a realização dos sonhos na fase adulta.
Azulay fez um acordo de coexistência com o tempo, o qual o tempo não o perseguiria e Ele, não fugiria dele. E num tempo qualquer, os dois encontrariam-se, frente a frente.
Destarte, cada tempo conta, e tem seu tempo. Hoje tudo é mecânico, informatizado, politizado, robotizado, transgênico, internético e está ao alcance dos dedos e dos olhos em segundos; menos a arte vinda do céu desenhada por Daniel.
As nuvens de algodão choram, tanto por sua falta, quanto pela sua genial arte de unir os adultos e fazer sorrir e encantar as crianças! Deveras, o tempo e a arte só podem contar como foram as coisas no meu, no seu, no tempo dele.
P.S.: enquantos os verdadeiros brasileiros de nacionalidade, brio, bandeira e cores partem para nunca mais, os ratos pilantras permanecem saqueando; e quando o circo vai a ruína, lança álcool no incêndio e dão no pé. O pior deles saiu de fininho, indo refugiar na Dinamarca. Salvo engano e minha memória não me permite enganar-me, foi o fulano do Poder brasileiro que mais viajou no Planeta às expensas do contribuinte. Queimou dinheiro aos maços. De quem falo?