Cristina Dipp Ayres
Homenagem póstuma
“Seu olhar,
De uma fonte cristalina -
É Cristina! [...]”
Esses três versinhos brincavam, com insistência, no meu pensamento, desde que nos encontramos pelos caminhos do Facebook. Aliás, através dos anos, sempre me esforcei para relembrar o poema que te ofereci num daqueles cadernos de recordações, que cultivávamos na adolescência. Mas, a memória trouxe-me apenas resquícios daquela oferenda, nada mais. Essa era a forma escolhida para me fazer presente na lembrança das amigas – escrevia-lhes singelos poemas. Os primeiros, da minha vida. Foi assim com Áurea Lúcia, Enir Cardoso e outras mais. Nunca perguntei a ninguém sobre seus destinos, pois acredito que todos se tenham perdido nas brumas do Tempo. Mas, as fotos da nossa formatura, presente do amigo Laurentino Gonçalves Dias Júnior, trouxeram-me lembranças diversas e, entre essas, a cor dos teus olhos - translúcidos através dos anos – que me relembraram as rimas ofertadas ao sabor da amizade, nos tempos da Escola Normal.
Hoje, ao entrar no Facebook, li a triste notícia, nos perfis dos teus irmãos José Luiz Dipp e Regina Lucia Arantes Dipp - deixaste o corpo que te acolhia a alma e, neste momento, estarás a volitar pelo infinito – livre e bela, como sempre foste. Meus olhos encheram-se de lágrimas e, imediatamente, meu coração murmurou:
“Seu olhar,
De uma fonte cristalina -
É Cristina! [...]”
Jamais saberei o desenrolar do poema, ou se esse início, da forma como se apresenta, não será fruto da minha imaginação. Após os três versos, apenas as reticências, a convocarem a saudade de uma época dourada.
..............................................
Espera... vislumbro neste momento, uma chance!
Levando-se em consideração, que o corpo humano se constitui de um incontável número de partículas elementares, também encontradas no Universo, pode-se aceitar a afirmação de quem algum dia sugeriu que o corpo humano seria composto do mesmo material que compõe as estrelas. Sendo assim, seríamos pedacinhos de estrelas espalhados pelo mundo... Hoje, pelo amor que despertaste em teus entes queridos e nos teus amigos (evidência registrada nas páginas do teu Fabebook), és uma estrela especial, mas tão especial, que tenho a certeza de que alcanças lugar de honra entre os astros celestiais. Ao mesmo refrão, em determinado momento (quem saberá quando?), eu e nossas amigas também seremos pequeninas estrelas que brilharão no espaço... lá, onde a calmaria do céu se fará eternamente refletir. E, quem sabe, nossos brilhos se entrelacem, num momento único, em torno daqueles cadernos de recordações, para que juntas possamos sorrir e declamar aos quatro ventos as homenagens puras e carinhosas, que nos fizemos umas às outras e que se manterão guardadas, para sempre, em algum lugar do passado?...
“Seu olhar,
De uma fonte cristalina -
É Cristina! [...]”
Até um dia!
Com o carinho da amizade de outrora...
“Seu olhar,
De uma fonte cristalina -
É Cristina! [...]”
Jamais saberei o desenrolar do poema, ou se esse início, da forma como se apresenta, não será fruto da minha imaginação. Após os três versos, apenas as reticências, a convocarem a saudade de uma época dourada.
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Espera... vislumbro neste momento, uma chance!
Levando-se em consideração, que o corpo humano se constitui de um incontável número de partículas elementares, também encontradas no Universo, pode-se aceitar a afirmação de quem algum dia sugeriu que o corpo humano seria composto do mesmo material que compõe as estrelas. Sendo assim, seríamos pedacinhos de estrelas espalhados pelo mundo... Hoje, pelo amor que despertaste em teus entes queridos e nos teus amigos (evidência registrada nas páginas do teu Fabebook), és uma estrela especial, mas tão especial, que tenho a certeza de que alcanças lugar de honra entre os astros celestiais. Ao mesmo refrão, em determinado momento (quem saberá quando?), eu e nossas amigas também seremos pequeninas estrelas que brilharão no espaço... lá, onde a calmaria do céu se fará eternamente refletir. E, quem sabe, nossos brilhos se entrelacem, num momento único, em torno daqueles cadernos de recordações, para que juntas possamos sorrir e declamar aos quatro ventos as homenagens puras e carinhosas, que nos fizemos umas às outras e que se manterão guardadas, para sempre, em algum lugar do passado?...
“Seu olhar,
De uma fonte cristalina -
É Cristina! [...]”
Até um dia!
Com o carinho da amizade de outrora...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016 – 13h02
Foto: Cristina em nosso baile de formatura - Escola Normal, em 1969
Clube Elefante Branco - Piquete - São Paulo - Brasil
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016 – 13h02
Foto: Cristina em nosso baile de formatura - Escola Normal, em 1969
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