Todo dia é dia de pai - Crônica
Antonio Feitosa dos Santos 
 
 
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Não basta um dia para eu demostrar que sou filho. Um dia também não é suficiente para eu me instituir como pai. Assim como não é o bastante para me lembrar que tenho essa figura, como um dos esteios do núcleo família.

Filho é continuidade. Pai é efetividade, responsabilidade, disciplina, respeito, generosidade e muito amor. Todo o resto é marketing, propaganda enganosa de uma mídia a serviço do consumismo desenfreado.

Nada é mais salutar aos filhos do que as estórias contadas por um pai durante um café da manhã, um almoço ou um jantar. E principalmente ao lado da cama no quarto de dormir dos filhos, ou mesmo numa manhã chuvosa ou numa tardinha ao sol poente.

As coisas mudaram muito. Talvez tenhamos mudado o nosso modo de ser. Sem percebermos a desastrosa perda dessa identidade familiar, mãe, pai e filhos.

Não são os presentes fabricados pelas indústrias manufatureiras, que vão produzir sorrisos e alegrias aos pais. Ainda acredito, mesmo no contexto atual, no mundo que criamos para nós mesmos, acreditem ou não, a presença, a palavra e o sorriso de um filho é tudo o que um pai ainda deseja.

Mesmo quando os filhos se tornam pais, a maior felicidade de um pai avô, é que todos tenham saúde, um bom trabalho, paz de espírito, lugar para morar, muito amor e sorrisos para distribuir a todos os seus familiares.

Por assim eu achar e por assim ser, eu desejo a todos os pais os sorrisos dos seus filhos. Aos que já perderem essa entidade familiar, desejo-lhes a grata lembrança dos abundantes sorrisos, perdidos ou não, daqueles que foram um dos esteios em nossas vidas: pais, para os filhos e vice-versa.


Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 13/8/2016 às 18h25 
 
 
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