Sílvia Mota
E assim, se a poesia matasse
Teu poema seria preso, proibido
Entre os primeiros, por mim lido
Logo o primeiro verso me beijasse…
Porque de beijos, suaves beijos
São feitos os versos, do teu poema
Como se à luz de um estratagema
Conspirassem, unos, suaves desejos...
E assim me deixo, em vagos momentos
Certo de que para provar novos beijos
Terei de esperar paciente, novos ventos…
Como vês, és poetisa e és musa, também
Num momento inspirada, noutro, inspiração
É o talento, maior que o corpo que tens…
Rzorpa
Nota: Homenagem publicada em comentário
ao soneto Meu corpo alado, de Sílvia Mota, em 4 de março de 2012.