Homenagem ao meu querido avô paterno Salvatore Silvia Mota,
que com seus olhos azuis encantou-me na infância e na adolescência.
que com seus olhos azuis encantou-me na infância e na adolescência.
Minha Pantelleria
Os deuses bailam espaçosos nas
alcaparras e vinhas... Vênus
esparge sua beleza altiva pelas
águas iridescentes no horizonte e Apolo
rejuvenesce o ventre dos olivais!
Ilha selvagem e meiga e terna,
tal mulher afoita e tímida
surges na magia do crepúsculo
e pelos segredos nebulosos do mar
suspiras às lavas adormecidas de um vulcão!
Ao som etéreo do vento sudoeste espalhas
tua cabeleira insana às lascivas terras
do jardim pantesco
e desaguas as mágoas todas
pelas margens labiosas do Mediterrâneo!
Pantelleria, reviro colinas e montanhas
e ao eco da tua solidão sou silêncio e tua.
Rio de Janeiro, 2010