HOMENAGENS ENTRE AMIGOS (II)
Homenagem a mim dedicada
pela escritora Rita Lavoyer
residente em Araçatuba/SP
ANTENOR ROSALINO - UM BAITA AMIGO
Brincadeirinhas à parte, vamos entrar num assunto muito importante, digo: importantíssimo! Melhorando: um baita assunto! Isso mesmo, o baita: Antenor Rosalino.
Quem não conhece o Antenor Rosalino não sabe o que está perdendo. O homem é bom... é bom.... mas bom toda vida! Um ‘baita” de bom!
Quem o vê, tentando decifrá-lo apenas pela expressão fisionômica e tira conclusões precipitadas, achando que ele é chato, exibido, que escreve difícil para impressionar, extrapolando a paciência do erudito vou logo dizendo: caí nessa esparrela também. Vai bocó! Vai fazer juízo de quem você não conhece que tudo que vai volta. E voltou mesmo, para me fazer morder a língua, digo: o pensamento, porque nunca disse o que pensava a respeito dele a ninguém, também nunca vou dizer.
Esse “mano” do radialista e cantor seresteiro Aurélio Rosalino já foi bancário, da época em que a contabilidade diária era fechada à unha, usando calculadora à manivela. Imagino que a contabilidade dele era exatíssima. No caixa dele nunca houve uma diferencinha. Exato: exata! Fico a imaginá-lo no telex: um baita telex em que solicitava, eruditamente, confirmação da veracidade de uma ordem de pagamento enviada de uma filial. Um baita de um servição! Ou melhor: um baita de um bancário!
De tanto suar para enriquecer banqueiro, mudou de ramo: foi trabalhar no DAEA – Departamento de água e esgoto de Araçatuba, no setor de análise de água. Lá não suava, tenho certeza, quem suava era a água. Imagino se a análise dela – da água- não batesse com o índice ideal para consumo dele, era ali mesmo que ela – a água- secava na fonte. A água para passar pelo crivo do Antenor tinha que malhar, suar para prová-lo o quanto ela estava apropriava para o consumo. Dava um baita cansaço à água morta de sede. Um baita profissional que zelou pela qualidade da água desta cidade durante tanto tempo, até se aposentar.
Há mais de três décadas está casado com a cristalina Marilene Pina Rosalino, com quem tem dois filhos: Fábio que é empresário, formado em desenho industrial e é casado com a professora Andreza; e Fernando Ulisses, doutor em Psicologia e professor universitário, casado com a bancária Thaís com quem tem Lorena, a primeira neta deste homenageado. Antenor Rosalino é um baita pai de família! Um senhor cristalino cuja transparência nos convida a curvar-nos diante dele, agradecendo-o pelo respeito com que trata seus pares. Antenor Rosalino, tivessem todos a sua estirpe o Planeta seria um lugar bem mais harmonioso para convivermos.
De uma cautela ímpar, de trato delicado com as palavras e gentil com todos, admiro-o muito, pois a mim chegou-me solicitando ajuda, abalando-me a estrutura, pois sabia diante de mim um ascendente na arte escrita. Classificado na categoria municipal, chegando à regional em mais de quatro edições do Mapa Cultural Paulista, foi, também, classificado em 2012 no edital de fundo de apoio à cultura, promovido pela Secretaria da Cultura de Araçatuba, quando, então, publicou seu segundo livro de poesias: Prisma Poético. O primeiro: “Paisagens Verbais” está com a edição completamente esgotada.
Possui o blog “Caminhos” onde posta suas artes: http://www.antenor-rosalino.blospot.com
Num período meio atrapalhado com os meus estudos, o tempo diminuindo cada vez mais no relógio cujos ponteiros eu não dava conta de controlar, precisando de alguém que tocasse o meu projeto: "O maior poema – a cor que o meu mundo traz", quem me estendeu as mãos?: - Antenor Rosalino. Ele conseguiu triplicar em um mês o número de poetas que eu não consegui reuni em três meses.
Aqui a estrofe que ele compôs para enriquecer o nosso projeto.
A cor que o mundo traz
Reflete nuanças de sonhos incontidos
Que envolvem o coração de quem ama
Num estro lastro de paz em noites de plenilúnio!
Em centelhas hipnóticas de glamour e poesia,
A vida flui livremente como a brisa,
Diluindo rútilos matizes, vívidas aquarelas
E sentimentos lapidados na luz mais pura do dia.
Antenor Rosalino, muito o admiro pela sua firmeza de opinião, pela sua determinação, pela sua humildade e mais ainda: pelo seu talento literário.
Se dentre seus 12 irmãos, quis o Senhor, fosse o menor fisicamente desta santa prole, embora os outonos insistam diminuir ainda mais nossa estatura, saiba, Antenor Rosalino, que eles o têm em grande apreço, sabendo-o imenso como ser humano de respeito e de caráter inabalável. Mas não pense que eles se esqueceram do “baita” nenezão que você era.
Deus lhe pague pelas mãos que me estendeu, Antenor. Um baita de um “obrigadão” para você!
Rita de Cássia Zuim Lavoyer
(Postado em 10/12/2013 no blog www.ritalavoyer.blogspot.com)
Acróstico em homenagem
à amiga e escritora Rita Lavoyer.
Rita de Cássia Zuim Lavoyer
Rastros de luz da leveza dos teus escritos
Invadem os olhos da tua legião de leitores.
Tudo parece cantar na natureza festiva...
A brisa do alvorecer sussurra o teu nome!
De tuas mãos escorrem sentimentos
Envolventes das intenções mais iluminadas!
Conhecer-te é privilégio e aprendizado; é como se num
Átimo inesperado a imensa ternura da natureza
Sussurrasse poesia em clarões que,
Suavemente, transbordassem por toda a Terra
Indizível sensibilidade em todos os corações,
Abrindo veredas para um porvir radiante de amor e paz.
Zarpam-se os agitos do concreto cinza da cidade.
Uma nova harmonia se faz na mutação das coisas
Insuflando o magneto da tua obstinação nas qualidades de
Mãe, esposa, amiga, literata e mestra querida.
Lira de singeleza e encantamento que transborda,
Aventando alegrias em todos os corações.
Vivência de luta conta a violência em todos os sentidos.
O teu nome fulgura entre os incansáveis defensores do antibullying.
Yara das profundezas onde os teus sentimentos avultam
Encantados e esculpidos a cada alvorecer, deixando
Rastilhos etéreos entre as estrelas e as flores mais belas.
Antenor Rosalino