Foi um tempo de bravura
Tentando naquela altura
Não desistir de buscar.
Tomava o ônibus de ida.
Pra voltar era aventura.
Sem paga não pode andar.
A pé sempre retornava,
Uma hora de caminhada
Marcado passos na madrugada.
 
O calcanhar machucado.
O joelho inchado,
O jeans velho já surrado.
Batia a fome malvada
Muito mais ele desejava
A situação mudar.
 
Á Deus pedia saúde.
A mão Ele estendia
Conformado,
Dormia de barriga vazia.
 
Riqueza não interessava.
Tudo o que ele buscava,
Pra mesa a própria comida.
 
A vitória pouco importava.
Mas diante das injustiças
Não podia se calar.
 
Hoje no céu batalha.
Com certeza me ilumina.
Não és de jogar a toalha.
Acredite, aqui continuo a tua sina.



(Esta homenagem fiz para um "amigo-irmão", que partilhou comigo muitos momentos dificeis quando chegamos do interior pra estudar e, tudo o que tínhamos era a vontade. Hoje ele esta com Deus. Reeditei para esclarecer pois havia esquecido desta informação)

 
Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 27/06/2013
Reeditado em 20/06/2015
Código do texto: T4360224
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