Resiliencia e espiritualidade da mulher!

Neste Mês de Maio, data quando minha página completa seu primeiro aninho de vida, proponho um presente ao universo feminino em particular, estendido aos demais leitores, os quais que me brindam o privilégio da sua companhia e leitura de meus escritos, com os quais pretendo contribuir para uma sociedade melhor, para ser deixada como legado aos futuros povoadores do Planeta Terra!

Juntos reflitamos sobre resiliencia e espiritualidade na vida feminina. Considerando que o corpo da mulher cristã - como também o corpo do homem cristão – é o templo do Espírito Santo.

Como tal devemos conhecê-lo bem.

Quem compra e dirige um carro deve conhecê-lo para cuidar bem dele. O mesmo espera-se de nosso corpo, o qual precisa de cuidados em todos os aspectos, isto inclui o aspecto sexual. Portanto, a libidinosidade, e o exercício da sexualidade de forma irresponsável são uma afronta ao exercício da boa mordomia.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos” 1 Coríntios 6:19.

O vocábulo resiliencia é ainda pouco utilizado no cotidiano popular. Porém, vivenciado por muitos sem darem-se conta da realidade.

A Física o define como: “Característica mecânica que define a resistência aos choques de materiais”.

Capacidade que um indivíduo ou uma população apresenta, após momento de adversidade, conseguindo se adaptar ou evoluir positivamente frente à situação./ Capacidade de se reerguer após algum transtorno ou enorme dificuldade na vida.

Pensemos na figura feminina sempre presente na vida humana seja como: mãe, irmã, avó, tia, sogra, médica, cabeleireira, e educadora.

Atualmente encontramos até pastoras, uma posição criticada por muitos até recentemente. Onde pode se perceber certo machismo até dentro de muitas igrejas. Não todas, evidentemente!

Minha reflexão tenderá a manter-se na esfera evangélica, ou cristã.

Se pretenderes ler outra abordagem, até breve! Encontraremos-nos em outra oportunidade!

Em que a resiliencia favorece à prática de uma vida espiritual sadia? Ou nada tem a ver uma com a outra? É possível ser uma boa cristã e não conhecer bem seu corpo, suas necessidades básicas, ou o que a Bíblia ensina sobre ele? É suficiente saber que não devemos pecar, quando sequer temos claro na mente quais práticas são pecaminosas e quais são benéficas a nosso favor?

Sem compreender a função de cada parte do organismo?

Percebe-se ao longo dos anos a difusão da figura feminina atrelada às fraudas, prole, fogão e de forma camuflada: cama. Porém, o papel da mulher é muito mais amplo, digno e relevante que tudo isto junto. Mesmo na esfera religiosa, ao longo dos anos tal figura tem sido dilapidada quanto à sua função e importância. Diria mesmo que tem o papel da mulher tem sofrido um genocídio camuflado nos meandros religiosos. Não que isto fosse ensinado e desejado por Deus.

Há uma alegoria meio bizarra, conhecida e mal interpretada por muitos: “Se Deus quisesse que a mulher fosse tratada como tapete, tê-la-ia tirado dos pés, e não da costela. Mas fê-la da costela para que ela andasse ao lado do homem”.

No entanto, muitos homens só tem orgulho de tê-la ao lado dele enquanto ela é jovem. Bastou engordar ou adquirir algumas rugas, ele a deixa dentro de casa, no esquecimento, na invisibilidades, ou para traz em todos os aspectos. Só quer andar com as amigas ao lado, ou com as filhas.

Na Igreja católica ao longo de séculos, a presença feminina tem ficado restrita à figura das freiras ou madres superioras nos grandes colégios ou educandários. De boa qualidade, diga-se de passagem.

Quem já ouviu notícia sobre a consagração de uma mulher ao posto de liderança - até hoje ocupado por homens -: padre, cardeal, papa? Nunca! A Bíblia ensina sobre o pecado de Adão, e não o pecado de Eva. A igreja católica, inclusive associou o pecado à figura da mulher, associando seu órgão sexual à fruta maça.

Então, uma série de estereótipos, ligados à pessoa da mulher.

Muitos evangélicos herdaram tal visão catastrófica do catolicismo, colocando-a em prática até bem recentemente.

Mulher na liderança? Jamais!

Só como membro da grei, como secretária do líder, educadora nas escolinhas dominicais, professoras nos colégios seculares – adventistas batistas ou metodistas -, contribuinte financeira/dizimista, ou como esposa do líder – isto é, até que ele a trocasse por outra mais jovem-, como tem ocorrido recentemente basta ver na internet, casos de “grandes líderes” – aos olhos humanos, não de Deus, que se casa com secretárias- diretor da Vinde, como faxineira, e missionárias em campos difíceis onde homens não seriam muito bem vindos.

Pouco se escrevia ou se ensinava sobre a mulher como pessoa viva e pensante, com necessidades especiais.

Portadora de sentimentos e necessidades especiais acerca dos quais pouco se falava. Era vista como “auxiliadora” idônea para marido.

Auxiliadora para limpar e arrumar a casa – tarefas consideradas indignas ao universo masculino-, auxiliadora para gerar filhos, - já que o homem não tem útero, auxiliadora para levar pancadas no lombo, já que era considerada ser inferior. Tanto que muitas igrejas afirmam que a mulher pecou. Nada se ensina sobre a participação masculina no pecado. Muito embora a Bíblia ensine diferente.

E atualmente na pós-modernidade, a figura feminina tornou-se mercadoria para ilustrar propagandas de objetos. Para além de haver se tornado objeto sexual para muitos homens.

Reflitamos juntos:

Quais tem sido os papeis desempenhados pelas mulheres nas sociedades, desde que o mundo é mundo?

Mulher figura de uma resiliencia de fazer inveja a muitos homens. Muitas vezes doentes não tiram férias das tarefas domésticas. E ainda trabalham fora do lar. São mais assíduas e fervorosas nos cultos e reuniões na igrejas. Fogem mais ao pecado. Enfrentam perdas seja de familiares, de esperanças, de casamentos, ou morte dos próprios sonhos com maior força que os homens. Isto é resiliencia!

Quer exemplos?

-Quem geralmente cria os filhos sem abandoná-los, mesmo sofrendo prejuízos próprios, quando o marido vai embora com outra mulher mais nova?

-Quem trabalha fora secularmente para somar renda na casa, e ainda continua a trabalhar dentro da casa nas tarefas do lar, consideradas insignificantes pelo homem? E sem ser remunerada? Não recebendo nem muito obrigada pelo almoço pronto, roupas lavadas, telefonemas atendidos, contas pagas no dia sem atrasos, filhos que são levados ao médico fora dos horários convencionais?

E o silêncio nos momentos de ingratidão e desprezo aplicados por um marido ingrato?

-Mesmo dentro das igrejas, os ensinamentos dados nem sempre contemplam as necessidades femininas mais profundas e sutís no aspecto físico e emocional.

Basta refletir:

-Cobra-se que a cristã não peque. Isto é Bíblico! Sem questionamentos sobre o fato.

Ensina-se à mulher a conhecer melhor seu próprio corpo, sobre o impacto dos hormônios na sua formação e no despertar de sua sexualidade?

Ou sobre seu impacto na fase como adulta ou na velhice quando os hormônios dão adeus à mulher, deixando-a só com suas rugas, sinais de envelhecimentos e transtornos emocionais oriundos dessa partida a qual começa aos trinta, mas parece que foi brusca, pois, só é percebida aos quarenta ou cinquenta anos, quando os seios caem, a pele fica flácida, e o períneo precisa ser feito?

-Ensina-se sobre a função dos hormônios na estimulação sexual desde a adolescência e juventude? Em geral só se fala que sexo é pecado. Quando na realidade o sexo é uma bênção! Sua prática fora do contexto do casamento é que é pecado. O adultério é pecado. O sexo dentro do casamento não o é. Há grande dificuldade por parte de muitos líderes em falar sobre problemas sexuais, por estarem às voltas com relacionamentos ilícitos, ou desejos ilícitos no coração. Por falta de lerem mais sobre as descobertas médicas dentro do tema, como por exemplo:

-A função do feromonio na atração sexual. Deus criou esse hormônio, como criou tudo que compõe o corpo humano. Porém, a falta de conhecimento leva as jovens a digladiar-se com os desejos que despertam nos rapazes e homens velhos barbados, por desconhecerem o fenômonio que provoca tal atração. Benéfica no relacionamento dentro do casamento e desastrosa quando ocorre fora da esfera do casamento. É a mola propulsora para a traição e desmantelamento de muitos casamentos, já na fase de desgastes por falta de compromisso.

Definição: “Os feromônios são substâncias químicas secretadas por espécies animais com o objetivo principal de promover a atração sexual de indivíduos da mesma espécie.

Tal atração é importante para possibilitar a reprodução. Estas substâncias são capazes de provocar uma reação comportamental ou fisiológica no indivíduo que a sentiu. Além dos feromônios sexuais, existem também aqueles que são secretados com o objetivo de agregar ou de gerar um sinal de alarme. O odor (cheiro) dos feromônios é levado pelo ar e, muitas vezes, é capaz de atingir um indivíduo a quilômetros de distância. Algumas espécies de mariposas, por exemplo, são capazes de sentir o odor dos feromônios de sua espécie a, aproximadamente, 20 km de distância”.

Muitos são fisgados pela atração física, e quando acordam o cio já passou, porém a tragédia e desastre não.

“Em 1962, os endocrinologistas Alan Parkes e Hilda Bruce publicaram um artigo na Science que a “endocrinologia floresceu magnificamente nos últimos 40 anos; e a exocrinologia está prestes a florescer”. O pai da sociobiologia, Edward Osborne Wilson (1929 – ), sugeriu a possibilidade de que “os feromônios são, num sentido especial, os ancestrais lineares dos hormônios” em 1972, num artigo da Scientific American. Até Alex Comfort, autor do best-seller de 1970 “The Joy of Sex” (A Alegria do Sexo), afirmou em um artigo da Nature que os feromônios eram passíveis de existir nos seres humanos. Desde então, uma série de estudos tem implicado os feromonas em muitas atividades de mamíferos, incluindo o sexo, comportamento materno, luta, nidificação, e ao reconhecimento de membros da própria espécie. Feromonas têm sido usados como método de argumentação sobre os mecanismos para acelerar o início da puberdade, gravidez e picos hormonais em uma variedade de mamíferos, embora nunca ninguém identificou os agentes envolvidos”.

-Ensina-se que a vaidade é pecado. E é realmente. Todo exagero é pernicioso. No entanto, um pouco de cuidados básicos com o corpo e a pele reflete nosso cuidado para com o templo do Espírito Santo – o qual é o corpo humano da pessoa temente a Deus-, o incrédulo não entende isto, portanto acaba sendo templo de espíritos malignos. E destruindo seu corpo, a obra prima da criação de Deus. Cobiçada por satanáz para destruí-lo. A Bíblia afirma que: “O diabo vem para matar, roubar e destruir” João 10.10. E ele começa sua destruição pelo corpo, através das bebidas, vícios sexuais, comidas impróprias que engordam e destroem a beleza e saúde do corpo.

-Pouco ou quase nada de ensinamento é dado às mulheres na fase da menopausa sobre como enfrentar tal fase da vida com resiliencia e dignidade. A perda da juventude e o recebimento da velhice não deveriam ser encarados como uma tragédia. No entanto por falta de ensinamentos consistentes, as mulheres quarentonas, são pegas de surpresa numa fase da vida quando quase nada lhes é mais favorável.

E o marido, o qual deveria ser seu esteio e apoio emocional, voa em busca de outro corpo que lhe ofereça aquilo que a mulher perdeu, ou até não sobre usar como deveria.

Deixando de ser exercer boa mordomia de um bem precioso que Deus lhe deu: um corpo saudável, com hormônios que lhe causava entre outras coisas, o desejo sexual, muitas vezes reprimido por ser considerado pecado. Perde de desfrutar uma bênção.

Resta a frustração, quando já não o possui, e vê seu marido partir em busca de outra mais nova e liberal. Que não se incomoda em pecar para vê-lo satisfeito.

É uma tragédia, que as igrejas deveriam saber como amenizar ou evitar, ao invés de apenas reprimir. Não basta fechar os olhos para a realidade do corpo e esperar que Deus quebre a doação do livrer arbitreo e "obrigue" seu cônjuge a gostar e se contentar com um "carro velho" quando sua carne desja uma mercedes. sabe-se que todo desjo ilicito é provocado por satanás, o qual entre por uma brecha aberta pelo ser humano. A porta que Deus fecha sataná não consegue abrir. Não adianta querer reprimir pelas forças humanas.

Não se reprime um rio caudaloso, sem sofrer o impacto das inundações. O desejo sexual é qual um rio caudaloso. Tem de ser canalizado. Não basta repressão com velhos chavões: “Deus condena”, e condena realmente. Ele não condena só a prática na cama. Condena a prática no pensamento também. No final do rescaldo a natureza acaba gemendo sem solução ao problema estimulado pelo diabo e criado pelo ser humano.

Maio, é um bom mês para se pensar na figura feminina, e refletir também no plano divino para tal figura.

A mulher é obra de criação divina como o homem. Portanto é inadmissível que seu papel seja reduzido ao mero papel como objeto de satisfação sexual sem compromisso, ou papel como adorno propagandístico nas Midas, ou elemento de quinta categoria para ser eliminado e punido como ocorre nas culturas onde a dilapidação é uma realidade.

A mulher tem corpo, alma e espírito. Portanto deve ser tratada como tal. Alguém por quem Cristo morreu e ressuscitou para garantir-lhe, não apenas vida. Mas, vida com abundância e qualidade de vida. Nada menos que isto é aceitável.

Nadir Neves
Enviado por Nadir Neves em 07/05/2012
Código do texto: T3654572
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