ETERNAMENTE MÃE.
O tempo passa e deixa grisalhos os teus cabelos,
O teu andar mais lento e maior teu coração.
E nele cabem os filhos, os netos e bisnetos...
E nele sucumbem todas as dores do mundo,
No aconchego e no sussurro da velha canção.
Tua figura tão ímpar ainda desfila naquela casa,
Onde quando criança, chorei pelos cantos:
Chorei o corpo febril, as dores de dente...
E clamei na madrugada pelo teu afago!
Meus difíceis deveres de casa que te tiravam do fogão,
As brincadeiras, meus sumiços traduziam preocupação.
O tempo passa e deixa grisalhos os teus cabelos.
_ Foi o tempo ou fui eu?
Mas é o mesmo o teu semblante: sereno...
Como que tudo valeu a pena...
Nessa divina missão: concepção e criação.
Hoje são outras as minhas dores, são outros os meus deveres
E meus cabelos branqueiam também,
Mas a vontade é a mesma de antigamente:
De estar ao teu lado, sentir teu afago,
Nas noites serenas e barulhos de trem.
Não, mãe,
Uma flor murcharia, um beijo secaria,
As palavras se perderiam...
E eu desejo o inverso:
Que meu amor, nesse momento,
Acaricia-te como o vento
E se eternize nesses versos.
O tempo passa e deixa grisalhos os teus cabelos,
O teu andar mais lento e maior teu coração.
E nele cabem os filhos, os netos e bisnetos...
E nele sucumbem todas as dores do mundo,
No aconchego e no sussurro da velha canção.
Tua figura tão ímpar ainda desfila naquela casa,
Onde quando criança, chorei pelos cantos:
Chorei o corpo febril, as dores de dente...
E clamei na madrugada pelo teu afago!
Meus difíceis deveres de casa que te tiravam do fogão,
As brincadeiras, meus sumiços traduziam preocupação.
O tempo passa e deixa grisalhos os teus cabelos.
_ Foi o tempo ou fui eu?
Mas é o mesmo o teu semblante: sereno...
Como que tudo valeu a pena...
Nessa divina missão: concepção e criação.
Hoje são outras as minhas dores, são outros os meus deveres
E meus cabelos branqueiam também,
Mas a vontade é a mesma de antigamente:
De estar ao teu lado, sentir teu afago,
Nas noites serenas e barulhos de trem.
Não, mãe,
Uma flor murcharia, um beijo secaria,
As palavras se perderiam...
E eu desejo o inverso:
Que meu amor, nesse momento,
Acaricia-te como o vento
E se eternize nesses versos.