A GERAILTON CAVALCANTE - Por Jorge Linhaça
Ó doce alma de tão puros olhos
que beleza vês no qu'é imperfeito,
tu que o soneto carregas no peito
aos meus rabiscos comentas aos molhos!
Encontras flores por entre os abrolhos
mas pra falar-te sou hoje suspeito,
venho empenhar-te apenas respeito
pelos teus versos (e os meus tão simplórios)...
Vejo em teus versos a magnitude,
a maestria que falta me faz...
São os meus versos de brilho fugaz!
Mas inda hei de buscar a virtude
de escrever um soneto real
que atravesse o tempo afinal!
Jorge Linhaça