REALENGO DE LÁGRIMAS

O sanguinário ensandecido,

Dera vazão ao seu lastro hediondo,

Descarregando sua fúria incontida

Contra a inocência de sorrisos apolíneos!

A mais cândida pureza e alegria

Refletida nos olhares dos jovens estudantes,

Transmudara-se em fisionomias sombrias,

Aterrorizadas pela dor estonteante!

Em momentos de tortura inimagináveis,

O país registra extaticamente,

O massacre no Realengo...

E até o sol perde o brilho,

Na atmosfera fria, fosca e triste,

De corações esmaecidos pela clausura insólita

Que transforma a acolhedora escola,

- num átimo inusitado -,

Em gólgota de sangue

Perdida num vale de lágrimas!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 09/04/2011
Código do texto: T2898410
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.