Confiança eu preciso para viver.

Eu só queria confiar. Mas a desconfiança impera.

Tudo o que me dizem parece mentiras e tudo quanto falo não parece verdades, Mas pretendo confiar a qualquer custo, sair sem rumo a procura da confiança, toda fresta que se abrir vou espiar, e nada da confiança aparecer.

Não desisto; Mesmo desacreditada eu tento por varias vezes confiar e quando já estou quase lá aparece outra fresta escura que eu olho e não vejo confiança, continuo minha busca. Não é possível que não possa mais confiar em ninguém, pior, ter que acreditar que o ser humano é um idiota capaz de mentir naturalmente sem pestanejar. Porem, todos mentem, engana, fingem e acreditam que suas mentiras são perdoáveis, agora vivemos assim nos enganando fingindo, suportando uns aos outros porque a falsidade impera com sua altivez estúpida estampada no rosto de quem mente e se acha esperto, eu minto vocês já mentiram, mentiras que levam a outras mentiras.

Mintam mas não pensem que enganam alguém mais do que a si próprio.

Que reine a desconfiança desconfiada e já desmascarada de tanto enganar.

Que os nossos amanhas não se tornem mudos por falta de diálogo,

Que as boas amizades e as boas rodas de conversa não nos entediem e não se extingam.

Porque o computador distrai nossas mentes e ocupa o espaço da família, despensa o conselho da mãe, do pai, despensa as histórias dos avos que não tem para quem repassar suas vidas, apenas vemos os filho entrando e saindo do computador.

Ou mudamos isso, ou vamos ter que nos tornar cada vez mais maquina e que reine a hera do ter e que o ser seja deletado deste mundo, onde nada é real, e o que nos parece real, por vezes desacreditamos que assim o seja.

Que saudade de minha mãe contando historias dos tempos antigos, que saudades dos avos repassando suas vidas como um bom livro a ser decorado.

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 07/12/2010
Código do texto: T2657436
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